É já nos primeiros dias de Julho que Isabel Abreu sobe ao palco com a reconhecida actriz francesa Isabelle Huppert. O convite partiu da direcção do festival internacional de teatro de Avignon (França) ao director do Teatro Nacional D. Maria II. Tiago Rodrigues escolheu uma peça clássica de Anton Tchékhov, “O Cerejal”. Avignon é uma terra pequena, mas promove um teatro para chegar ao povo, às pessoas. «É um dos maiores festivais de teatro do mundo». Isabel já tinha participado neste festival em 2017, também com Tiago Rodrigues, e nessa altura disse para si mesma que já não precisava de mais nada no teatro. Já podia largar tudo, porque tinha realizado um sonho.
«Agora é voltar com tudo, com uma equipa só de actores franceses e suíços, com o Tiago Rodrigues, que tem feito parte dos meus últimos anos, e com uma equipa de criadores portugueses que eu adoro, o José António Tenente, o Nuno Meira, o Pedro Costa, e depois acompanhada também pelos incríveis Manuela Azevedo e Hélder Gonçalves». Sobre a actriz francesa, ícone de uma geração de espectadores de cinema e teatro, Isabel Abreu diz que ainda não tem bem a noção do privilégio. «É um bocadinho surreal».