Política de utilização de Cookies em Revista Saúda Este website utiliza cookies que asseguram funcionalidades para uma melhor navegação.
Ao continuar a navegar, está a concordar com a utilização de cookies e com os novos termos e condições de privacidade.
Aceitar
25 fevereiro 2021
Texto de Maria Jorge Costa Texto de Maria Jorge Costa

Medir o oxigénio

​​​​​O oxímetro é um aparelho de utilização fácil e pode salvar-lhe a vida.

Tags
Um dos sinais de alerta para doentes com COVID-19 é a falta de oxigenação do sangue, que pode não dar sintomas, sendo por vezes difícil de reconhecer. A monitorização é muito simples: basta ter um oxímetro. Em situação normal, a maioria das pessoas tem níveis entre 98 e 100 por cento de oxigénio no sangue. Se a medição indicar entre 92 e 94 por cento, está-se perante «uma situação potencial​mente patológica, e deve-se contactar os ser​viços de saúde, ou ir ao hospital», esclarece o pneumologista José Alves, presidente da Fundação Portuguesa do Pulmão. 

O ideal é saber o padrão de medição sem a doença. O pequeno aparelho mede os valores através da unha, preferencialmente sem verniz. 

«O oxímetro é o método de avaliação por excelência da gravidade da COVID-19», assegura o pneumologista. 

«Às vezes, a COVID-19 provoca pneumonia intersticial. O interstício é a parede alveolar do tecido do pulmão, onde se dão as trocas gasosas. O vírus SARS-CoV-2 impede essas trocas, mas podemos não dar conta», explica.

O vírus, de início, engana muitas vezes. «O doente sente cansaço, mas também um certo bem-estar, e não se apercebe da gravidade da situação» reforça Rita Domingues, farmacêutica em Vinhais, distrito de Bragança.

Com uma população de cerca de 900 pessoas com mais de 65 anos, muitas das quais vivem sozinhas, a farmácia telefona com regularidade a esses utentes, para monitorizar os valores. Caso seja necessário, acciona meios para socorrer quem necessite. «Estamos em permanente contacto com o centro de saúde e, se for necessário, chamamos a ambulância. Vivemos numa região isolada, a maioria dos nossos utentes não tem meio de transporte. Mesmo para ir à farmácia têm de fazer 30, 40 km de táxi e, por isso, intensificámos as deslocações a casa dos utentes, entregando à porta tudo o que necessitam», explica a farmacêutica.
Notícias relacionadas