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5 junho 2025
Texto de Ana Filipa Pereira | Nutricionista Texto de Ana Filipa Pereira | Nutricionista

Malnutrição no idoso

​​​​​Conheça os sinais de alerta.

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Em Portugal, o número de idosos tem vindo a aumentar nos últimos anos, sendo fundamental saber reconhecer quem apresenta um maior risco de malnutrição e quais os sinais a que devemos estar atentos.

A malnutrição consiste na incapacidade de atingir as necessidades nutricionais diárias através da alimentação habitual, o que compromete o bom funcionamento do organismo. Esta é frequentemente subdiagnosticada na população idosa, dado que os seus sintomas e sinais podem ser atribuídos ao processo fisiológico do envelhecimento. Contudo, alterações no estado nutricional dos idosos constituem um fator determinante para o aumento da incapacidade funcional, da morbilidade e da mortalidade, sendo, por isso, imprescindível uma avaliação nutricional capaz de detetar e monitorizar os riscos, visando uma intervenção precoce de forma a melhorar a qualidade de vida.

Quem apresenta maior risco?
Existe uma série de fatores que levam a que os idosos apresentem maior risco nutricional devido ao processo de envelhecimento.

Entre os fatores clínicos mais comuns, destacam-se a diminuição do apetite e/ou rejeição alimentar, dificuldades na mastigação e/ou deglutição, alterações no olfato e/ou paladar, alterações na mobilidade, doenças neurológicas e a polimedicação.

Existem também os fatores socioeconómicos e relacionados com o estilo de vida, com um impacto relevante sobretudo em idosos que vivem sozinhos.

Quais os sinais de alerta?
  • Peças de vestuário excessivamente largas;
  • Perda de peso não intencional;
  • Perda de apetite e/ou rejeição de alimentos que antes eram bem aceites;
  • Alterações de humor;
  • Aumento de doenças e infeções;
  • Menor capacidade de cicatrização de feridas;
  • Cansaço persistente;
  • Fraqueza muscular;
  • Perda de independência.

É importante realçar que as necessidades proteicas de um idoso são superiores às necessidades proteicas de um adulto, quer pelas próprias alterações inerentes ao envelhecimento, como a diminuição da massa muscular, quer pela presença de doenças crónicas. Assim, um acompanhamento nutricional adequado é essencial para garantir uma alimentação completa, variada e equilibrada e, em caso de necessidade, adicionar o suporte nutricional oral.
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