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6 junho 2022
Texto de Sandra Costa Texto de Sandra Costa Fotografia de Miguel Ribeiro Fernandes Fotografia de Miguel Ribeiro Fernandes

Mais voz às pessoas que vivem com doença

Nova rede agrega 90 organizações, unidas para defender os direitos dos doentes crónicos.

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​Juntos somos mais fortes. Este foi o princípio subjacente à criação da Rede de Organizações de pessoas que vivem com Doença e Utentes de Saúde, a 6 de junho, numa sessão que reuniu organizações de pessoas com doença e deputados. A Assembleia da República, «casa da democracia», foi o local escolhido para a assinatura do documento de consenso. «É o melhor lugar para dar voz às redes, que são verdadeiros parceiros ativos e empenhados, e intervêm onde o Estado, muitas vezes, não tem capacidade de intervir», congratulou-se António Maló de Abreu, presidente da comissão parlamentar de Saúde, para quem a formalização da Rede foi um «passo muito importante».

A Rede é promovida por quatro organizações que, juntas, congregam mais de 90 associações de doentes e utentes de saúde. São elas: a FENDOC – Federação Nacional de Associações de Doenças Crónicas; a MAIS PARTICIPAÇÃO melhor saúde; a Plataforma Saúde em Diálogo; e a RD-Portugal – União das Associações de Doenças Raras de Portugal.

 Rosário Zincke, presidente da Plataforma Saúde​ em Diálogo, que representa 62 das 90 organizações da nova rede

«Em rede, sentimo-nos reforçados, ganhamos força e convicção, e conseguimos mais sucessos», afirmou a presidente da Plataforma Saúde em Diálogo, que representa 62 organizações. Maria do Rosário Zincke enumerou alguns dos temas transversais a organizações de doentes e utentes de saúde, e que serão prioridades da Rede: a regulamentação da carta para a participação pública em saúde, o estatuto da pessoa com doença crónica, a implementação do estatuto do cuidador informal, a extensão da telessaúde, o acesso à medicação hospitalar, e o serviço de renovação da terapêutica crónica.

A Rede de Organizações de pessoas que vivem com Doença e Utentes de Saúde quer intervir junto dos decisores políticos, fazendo valer os direitos das pessoas com doença. «As organizações que representam os doentes querem «ser co-construtores da política de saúde em Portugal», defendeu Margarida Santos, da coordenação da MAIS PARTICIPAÇÃO melhor saúde. Para isso, é importante o foco em «causas comuns». Carlos Oliveira, presidente da FENDOC, explicou o modo de funcionamento da nova organização: «Partindo de necessidades comuns e, com base no protocolo definido, as entidades que constituem a Rede vão debater propostas concretas até entregá-las à Assembleia da República ou ao Governo».

A sessão de formalização contou com a presença da diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, que assumiu o compromisso da Direção-Geral da Saúde apoiar a transferência das necessidades e aspirações identificadas pela Rede para a prática. «É neste processo de aplicação das soluções que se consegue resultados em saúde, que é o que todos queremos», afirmou. Estiveram presentes na sessão deputados da Iniciativa Liberal, do Partido Comunista Português e do Partido Socialista, que louvaram a iniciativa.