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29 junho 2023
Texto de Vera Pimenta Texto de Vera Pimenta Fotografia de Mário Pereira Fotografia de Mário Pereira

Mais eficiência

​​​​​Importa que as farmácias tenham acesso a mais informação dos doentes.​

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A relevância das farmácias como ponto de contacto entre os doentes e o sistema de Saúde impele à ascensão da figura do «farmacêutico de família». A afirmação é do presidente da Direção da União das Associações de Doenças Raras, que salienta o potencial da consulta farmacêutica no acompanhamento de pessoas com doença crónica e a consequente urgência da incorporação formal destes profissionais nas equipas multidisciplinares de apoio. Para Paulo Gonçalves, os farmacêuticos comunitários têm também, deste modo, um contributo importante a prestar à sustentabilidade do sistema de Saúde. «E, se prestam um serviço, têm de ser remunerados», defende. 

O presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH) alinha pelo mesmo diapasão, sublinhando ainda o desperdício que representa para todos o «desaproveitamento» da rede de farmácias no seguimento de doentes crónicos. Xavier Barreto alerta que, face ao envelhecimento da população, esta é uma área onde urge tomar medidas, e os farmacêuticos comunitários «podem dar um contributo muito importante e acrescentar valor ao sistema de Saúde».

Os responsáveis falavam na sessão plenária “Transformar a relação com a pessoa”, moderada pela vice-presidente da ANF, Paula Dinis, onde a relevância do acompanhamento integrado e da partilha de dados entre profissionais para a jornada de saúde das pessoas esteve em discussão.


Luís Goes Pinheiro identificou o registo de saúde eletrónico como área de parceria entre as farmácias e os SPMS

Sobre este último aspeto, o presidente do Conselho de Administração dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) concordou com os demais na importância de se equacionarem, a breve trecho, modos de possibilitar às farmácias o acesso a mais informação dos doentes, «para que possam cumprir de forma mais cabal a sua ação junto dos cidadãos». As farmácias, frisa Luís Goes Pinheiro, «são um parceiro fundamental do SNS, e até uma linha avançada, situando-se na frente dos cuida- dos, junto das pessoas. Desse ponto de vista, tudo o que puder ser feito para melhorar a sua prestação é essencial». Como área de parceria, Goes Pinheiro identificou o registo de saúde eletrónico, âmbito em que, revelou, «vamos continuar a ser parceiros», e expressou o desejo de que os dados recolhidos pelas farmácias possam também contribuir para o enriquecimento da informação disponível. Em jeito de conclusão, considerou haver «uma clara mais-valia no aprofundamento da nossa relação, com vista a ajudar o sistema de Saúde a funcionar melhor».

Lembrando o «caminho conjunto feito com a ANF há mais de 30 anos», o presidente da Comissão Executiva da CUF, Rui Diniz, realçou a «disponibilidade e vontade» da organização em prosseguir a colaboração com as farmácias, «centrada na continuidade de cuidados e de informação aos doentes que servimos». De igual modo, Ana Jorge, presidente da Cruz Vermelha Portuguesa, reforçou a intenção de «trabalhar em rede com as farmácias, para o desenvolvimento de serviços que façam sentido na comunidade».


Pedro Correia considera que a comparticipação de serviços é um dos eixos de desenvolvimento de parcerias entre a Médis e as farmácias

«As farmácias são um polo fundamental ao nível dos cuidados primários», realçou também o head of Health Operations  da  Médis.  Pedro Correia considera que a comparticipação de serviços farmacêuticos é «um dos eixos em que mais podemos desenvolver a colaboração com as farmácias», unindo «a proximidade da rede à acessibilidade que o seguro de saúde procura oferecer».