Fazer da diferença uma força integrando e revelando o talento de pessoas com dificuldades intelectuais e do desenvolvimento é a missão a que se propõe diariamente a rede de Cafés-restaurantes Joyeux.
O projeto inclusivo, que tem por base formar e empregar pessoas com estas caraterísticas, nasceu em França em 2017. A marca Joyeux chegou a Portugal em 2021, através da Associação VilacomVida. Existem quatro cafés a funcionar no país: em S. Bento (Lisboa), AGEAS (Parque das Nações, Lisboa), Cascais e Telheiras.
«A situação de jovens adultos com dificuldades intelectuais e de desenvolvimento em Portugal é, consideramos, grave. Existem 50 mil casos identificados de perturbações do espectro do autismo e 15 mil casos identificados de Trissomia 21», pormenoriza Filipa Pinto Coelho, fundadora e presidente da Associação VilacomVida e Ceo do Joeux Portugal, na página oficial.
Depois de um período de formação, os jovens, que integram o café Joyeux, têm acesso ao mercado de trabalho sendo, aqui, proporcionado que assinem um contrato de trabalho sem termo.
Os jovens-adultos, aqui integrados, contam com o apoio de uma equipa de impacto. Esta é constituída por profissionais de diferentes áreas onde se inclui uma psicóloga, uma técnica de área de reabilitação e inserção social, uma técnica da área de reabilitação psicomotora e um profissional de ensino especial.
Neste espaço é lhes oferecida uma «resposta adequada ao seu potencial».
«O Café Joyeux tem a particularidade de dar formação e ao mesmo tempo empregar, e essa é a mais valia. Temos muitas pessoas com dificuldade intelectual e do desenvolvimento desempregadas, sem oportunidade, ou em respostas que não dão esta área de intervenção. E o Café Joeyeux sim, forma e emprega», frisa Didía Duarte, técnica de reabilitação e inserção social, e uma das profissionais que integra o projeto inclusivo.
«O objetivo aqui é os jovens demonstrarem os seus talentos, e hoje temos o Bruno [Silva] com muita confiança a partilhar o que sabe fazer», completa a responsável evocando, em simultâneo, o exemplo de um dos funcionários do Café-AGEAS.
«Mais de 3000 jovens com limitações cognitivas deixam a escola sem um projeto profissional adaptado ao potencial de autonomia que apresentam. 15% das pessoas hoje institucionalizadas têm capacidade para serem autónomas», referencia ainda a Associação VilacomVida, na sua página oficial.