As farmácias são essenciais para resolver os problemas do SNS», declarou o anterior ministro da Saúde no XXIII Fórum Farmacêutico, organizado pela Associação de Estudantes da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto.
«Essa ideia de que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) está moribundo é um exercício de má-fé», disse Adalberto Campos Fernandes. Na sua avaliação, o «SNS está melhor do que estava há dois, três, quatro anos atrás, mesmo com a intervenção da Troika».
As farmácias podem desempenhar «um papel essencial» para a superação dos problemas e para «o reforço» da Saúde Pública, disse aos estudantes. «Existem mais de 2.500 farmácias espalhadas pelo país, com profissionais competentes, fundamentais para garantir a coesão territorial», sublinhou o ex-ministro do actual Governo. «O alargamento que foi feito no ano passado, com a possibilidade de as farmácias prestarem mais serviços e melhores serviços, é fundamental para que a coesão do território seja assegurada», declarou.
Adalberto Campos Fernandes apontou as principais necessidades do SNS: «Aprofundar os meios de organização e de gestão e, claro, investimento, investimento, investimento».
Na sua comunicação, o anterior ministro reforçou também a importância da revisão da Lei de Bases da Saúde, «evitando querelas entre os sectores público, social e privado». Para o ex-ministro, «todos os profissionais devem colaborar, em conjunto, para a promoção da saúde e a prevenção da doença. Trabalhar na Saúde é hoje uma responsabilidade social».