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29 agosto 2024
Texto de Texto de Centro de Informação do Medicamento e Intervenções em Saúde (CEDIME) Texto de Texto de Centro de Informação do Medicamento e Intervenções em Saúde (CEDIME)

COVID-19: ela veio mesmo para ficar!

​​​​​​​​​​Ao contrário da gripe, com sazonalidade relativamente constante, a COVID-19 já deu provas de que persiste todo o ano.​​

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Os dados da Direção-Geral da Saúde (DGS) comprovam-no: após um período de baixa circulação do vírus SARS-CoV-2, a partir de meados de maio tem-se assistido a um elevado aumento do número diário de casos de infeção em Portugal. E de perda de vidas associadas. ​

Durante o mês de junho foram registados mais de 9.000 casos, sendo que, destes, 616 o foram num só dia. A média diária de mortes por COVID-19 foi de nove, tendo aumentado para dez em julho. Até ao dia 25 desse mês os casos registados subiram para 7.802 (por dia). As causas são conhecidas: festivais de música, concertos, festas populares e jogos de futebol, situações propensas a reunir grandes aglomerados de pessoas.

A COVID-19 foi, durante este período, motivo de aumento na afluência das pessoas, de todas as faixas etárias, às urgências. Agora, como antes, a população vulnerável foi novamente penalizada: pessoas mais velhas e quem vive com doença crónica. Segundo dados oficiais, cerca de 75 em 100 pessoas com idade abaixo dos 60 anos que perderam a vida este ano não se tinham vacinado na época passada, apesar de terem indicação para o fazer, por apresentarem doenças crónicas que os tornavam mais suscetíveis a doença grave.

Há atos simples, que perante uma situação de vida ou morte, como o eram estes casos, podem fazer toda a diferença: a vacinação anual contra uma doença que pode ser mortal é um deles.

Os vírus mudam constantemente. É uma característica própria destes microrganismos. Por este motivo, as vacinas têm de ser ajustadas, para acompanharem estas alterações, designadas mutações, da forma mais aproximada possível, e as pessoas mais vulneráveis têm de vacinar-se todos os anos.

Sempre que alguém com indicação para se vacinar não o faz coloca-se a si e aos outros em risco, ao permitir que o vírus continue a circular, podendo sofrer mutações que contribuam para maior infecciosidade ou escapar à imunidade existente. Esta foi uma situação repetida vezes sem conta durante a pandemia de COVID-19, mas que o surto deste verão, triste lembrete das consequências da hesitação ou recusa vacinal, indicia estar esquecida.

Em setembro terá início mais uma campanha de vacinação sazonal contra a gripe e a COVID-19. Se tiver indicação para se vacinar, faça-o. Diminua ao máximo o risco de vir a sofrer de doença grave e, simultaneamente, proteja todos aqueles que o rodeiam.​​​​​​