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19 maio 2020
Texto de Irina Fernandes Texto de Irina Fernandes

COVID-19: Medicamentos a crédito atingem recorde de 76 milhões de euros

​​​​​​Em média, há 163 clientes por farmácia sem poder pagar.

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O crédito concedido pelas farmácias aos portugueses atingiu um valor recorde de 76 milhões de euros, em resultado da pandemia COVID-19.

Cada farmácia adiantou medicamentos sem custos a 163 portugueses num total estimado de 450 mil a 500 mil portugueses beneficiários de créditos na rede portuguesa de farmácias. 

Em Março, mês em que foi decretado estado de emergência em Portugal, as farmácias reforçaram em 7,8 milhões de euros as dispensas de medicamentos a crédito em relação ao mês anterior.

De acordo com uma estimativa feita pela Adjustt, equipa de consultoria da Glintt, a partir de uma amostra de 625 farmácias de todo o país, cada farmácia, em média, acumula 26.323 euros de créditos à comunidade que serve.

«Durante a pandemia, as farmácias assumiram o objectivo de garantir o acesso a medicamentos e produtos de saúde a todos os portugueses, em condições de igualdade em qualquer ponto do território», declara Paulo Cleto Duarte, presidente da Associação Nacional das Farmácias. 

O valor recorde alcançado regista-se numa altura em que, salienta Paulo Cleto Duarte, a rede de farmácias «atravessa uma crise, com 26% das farmácias a enfrentarem processos de insolvência e penhora, mas continua a confiar nos portugueses e a merecer a sua confiança».  

Ainda no mês de Março, cada farmácia assumiu o risco de adiantar 1.027 euros de comparticipações a doentes sem receita médica. 

Em sinergia com a Ordem dos Médicos e dos Farmacêuticos, a rede de farmácias assegurou a continuidade da terapêutica a doentes crónicos durante a pandemia.  

«As farmácias assumiram este risco para evitar a interrupção do tratamento dos doentes crónicos. Isso só foi possível graças ao bom entendimento das Ordens dos Médicos e dos Farmacêuticos, que chegaram a um consenso para a renovação da dispensa na farmácia, por dois meses, com respeito pela última prescrição médica e com a devida comparticipação», destaca o farmacêutico.