Para aproveitar o potencial turístico da região, o município de Penedono criou três rotas com diferentes distâncias de percurso, que atravessam zonas onde é possível o contacto com uma natureza riquíssima em flora e fauna, mas também com o património milenar. Num desses percursos, a ‘Rota do Sirigo’, que no total perfaz 19 quilómetros, encontra-se um dos ‘monumentos naturais’ mais conhecidos do concelho e que vale a pena conhecer. Mesmo não se fazendo a rota, é possível ir diretamente ao local onde se encontra o ‘Castanheiro da Guerra’, um exemplar com 17 metros de altura e cujo tronco mede 13 metros. O nome desta árvore, que se acredita ter vários séculos, vem de uma lenda popular, segundo a qual, durante as invasões francesas a população refugiou-se na copa para fugir às tropas de Napoleão.
Além deste percurso, existe ainda o ‘Trilho do Ouriço e da Castanha’, de 14,7 km, onde se atravessam os soutos (áreas de cultivo de castanheiros) e vários ambientes rurais. Integrado neste percurso está o Santuário de Santa Eufémia, onde acontece em setembro a segunda maior romaria do Douro Sul. Orlando Rodrigues, professor aposentado de História, recorre às memórias para se transportar para as páginas de ‘Terras do Demo’ de Aquilino Ribeiro, que retrata um Portugal agreste e pobre. «A feira de santa Eufémia era o grande acontecimento do ano», aqui juntavam-se os costumes pagãos à festa religiosa e «havia pancadaria entre os homens que abusavam do vinho e juntavam-se meliantes e mulheres de má fama», recorda o professor. Na zona da feira compravam-se os brinquedos de lata e os habitantes regalavam-se a comer melancia e melão.
Um terceiro percurso é a Rota do Azeite, com 12,5 km de extensão e onde se descobre o ciclo do azeite, uma mais recente cultura nesta zona de transição entre a Beira e a região do Douro.
As informações sobre estes percursos estão disponíveis na Loja Interativa de Turismo de Penedono, na Praça 25 de Abril ou através do telefone 254 508 174.
