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20 outubro 2018
Texto de Sónia Balasteiro Texto de Sónia Balasteiro Fotografia de Miguel Ribeiro Fernandes Fotografia de Miguel Ribeiro Fernandes

As farmácias como fontes de informação do SNS

​​Proximidade dos utentes é posição única para recolha de dados científicos.

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As farmácias são o melhor local para obter evidência científica, devido à relação única de proximidade que têm com os utentes no contexto do Serviço Nacional de Saúde. O desafio para o futuro é «demonstrar esse valor gerado em saúde pública» aos decisores políticos, considera Álvaro Almeida, da Faculdade de Economia da Universidade do Porto. 

Na sessão “Ciência da Farmácia”, no 13.º Congresso das Farmácias, em Lisboa, o especialista em Economia de Serviços de Saúde explicou que a valorização económica das farmácias para os decisores políticos passa por «colocar o cidadão no centro do Serviço Nacional de Saúde». 

Só assim o Estado pode entender o papel fundamental das farmácias em termos da relação custo/benefício e remunerar devidamente os serviços prestados: «As vantagens comparativas das farmácias face a outros, como a proximidade, não estão a ser aproveitadas», sustentou Álvaro Almeida.

O director do Centro de Estudos de Medicina Baseada na Evidência (CEMBE) da Faculdade de Medicina de Lisboa, António Vaz Carneiro, tem uma visão semelhante: «As farmácias têm uma perspectiva da realidade, conseguem obter dados que mais ninguém consegue», explicou. «Preparem-se para ser fonte de informação para o Serviço Nacional de Saúde», afirmou.

A integração em rede e distribuição pelo território permite às farmácias dar um contributo «essencial para a criação de big data, uma grande quantidade de dados, que podem ser utilizados em Saúde», explicou o investigador.  E deu um exemplo: «Eu sei que muitas pessoas com cancro do cólon têm obesidade. Há alguma relação? As farmácias são essenciais para perceber», pela sua intervenção no mundo real.
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