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29 janeiro 2021
Texto de Sandra Costa Texto de Sandra Costa Fotografia de Pedro Loureiro Fotografia de Pedro Loureiro Vídeo de Hugo Costa Vídeo de Hugo Costa

Ansiedade e podcasts de crimes reais

​​​​O gosto pelo true crime é partilhado por mulheres e pessoas ansiosas. 

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Paula Neves assume-se como uma pessoa ansiosa e, ao longo da vida, tem encontrado técnicas para lidar com o problema. Há dois anos descobriu os podcasts de true crime (programas de crime real). «Ajudam-me imenso a lidar com ansiedade», reconhece.

A actriz explica que este gosto pelo true crime é muito partilhado por mulheres e pessoas ansiosas. Algo que associa à educação a que as meninas são sujeitas. «Ensinam-nos a ter medo dos outros, do papão, “cuidado com os rapazes”, “não chegues a casa grávida”, “cuidado com as boleias”. Aos rapazes diz-se: “cuidado com a droga” e “não engravides nenhuma miúda”. Não se lhes ensina: “cuidado que os outros podem fazer-te mal”».

O universo do true crime explora o medo de ser atacado, assaltado ou violentado, em que normalmente os homicidas são homens e as vítimas são mulheres. «Nós, mulheres, somos mortas por homens, e isso dá uma ansiedade visceral, dos ossos, que faz parte do mundo feminino». O efeito positivo destes programas sobre a ansiedade, explica Paula Neves, é que ali a ansiedade é justificada, faz sentido e, sobretudo, é um ponto de encontro com outras pessoas que sentem o mesmo. «Se a ansiedade faz sentido e eu consigo dar-lhe um corpo e pensar esse corpo, então ela esgota-se por si mesma», conclui.

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