Política de utilização de Cookies em Revista Saúda Este website utiliza cookies que asseguram funcionalidades para uma melhor navegação.
Ao continuar a navegar, está a concordar com a utilização de cookies e com os novos termos e condições de privacidade.
Aceitar
3 janeiro 2020
Texto de Irina Fernandes Texto de Irina Fernandes Fotografia de Pedro Loureiro Fotografia de Pedro Loureiro

A vida no estaleiro

​​​​​O Estaleiro Naval de Sarilhos Pequenos é um dos últimos a funcionar no país. Repara e constrói barcos tradicionais de madeira.
Tags

«Todas as semanas tenho aqui umas 30 a 40 pessoas a visitar o estaleiro». As palavras são de Jaime Costa, mestre naval, que está à frente daquele que é um dos últimos estaleiros a operar no país e que repara e constrói barcos de madeira tradicionais.

Da Lisnave a Alcochete havia 42 estaleiros. Resta um.

À beira-rio, fragatas, botes e varinos fazem companhia uns aos outros. Um sinal dos tempos actuais que contrastam com a azáfama do passado.

«A importância destas embarcações foi total. Tudo o que era preciso transportar da margem Norte para a margem Sul era feito com estes barcos», evoca o mestre que, presentemente, vê a actividade resumida a uma equipa em que a média de idades está «acima dos 66 anos».

Com o apoio da Câmara Municipal da Moita, o Estaleiro Naval de Sarilhos Pequenos é hoje ponto de encontro para gentes vindas de todas as partes do mundo.

«Vêm da Polónia, Macau, Alemanha… Querem vir ver como é que a gente trabalha. Ficam aqui horas», relata o experiente mestre naval.

Há anos a adiar a extinção da arte e da actividade, Jaime Costa deixa uma mensagem de alerta: «Se o Estado não intervir e não aproveitar as pessoas que aqui estão para passar os conhecimentos aos mais novos, acho que isto vai acabar totalmente em Portugal».

Para conhecer mais desta história, peça a #RevistaSaúda deste mês na sua farmácia.​

 

Notícias relacionadas