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31 maio 2019
Texto de Vera Pimenta Texto de Vera Pimenta Fotografia de José Pedro Tomaz Fotografia de José Pedro Tomaz

A viagem por Portugal

​​​​​Ao comando da sua “Laya”, Eunice já fez uma volta pelo país.

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Quando, em 2016, recebeu o diagnóstico de fibromialgia e fadiga crónica, Eunice Pinto soube que era altura de abrandar o ritmo de vida. A dedicação ao trabalho deixava-lhe pouco tempo livre para parar e focar-se em si própria. Por isso, após oito anos a viver no estrangeiro, tomou a decisão de regressar à cidade onde cresceu, para junto da família e dos amigos. 

«Ao voltar ao Porto, voltei a mim», recorda a motard de 40 anos. Foi nessa altura que reencontrou a paixão pelas motas, que a acompanhava desde a infância, por influência do pai. «E tem sido a minha salvação», diz, a sorrir.

Quando viu pela primeira vez a Himalayan 410cc, da Royal Enfield, soube que era com ela que iria fazer uma viagem pelo país. «A “Laya” é uma mota muito simples, muito polivalente», conta, «e era perfeita para o que eu pensava fazer: meter-me nas estradas secundárias e descobrir Portugal».

Há um ano, coim o apoio da marca, cumpriu o sonho. «No segundo dia em cima da mota, lembrei-me do estado em que já estive. Sentada no sofá, às vezes olhava para o telefone e custava-me mandar uma mensagem», recorda. Esse momento nunca se apaga da sua memória: «Achei incrível a evolução, o que tinha conseguido, tudo o que já tinha aguentado».

Pelo caminho, deixou-se surpreender pela bondade dos portugueses, que tantas vezes lhe abriram as portas de casa e das suas vidas. E que acolheram a sua história com enorme admiração. «Percebi que havia pessoas a quem fazia bem saber que, apesar de tudo, vou à luta», explica.

Na página de Facebook “Eunice Rides a Royal”, onde partilha publicamente esta aventura, já inspirou muitas mulheres a tirar a carta de mota. E todos os dias recebe mensagens de apoio que lhe enchem o coração.

Hoje, Eunice sabe que, embora a força de vontade não a cure, impede-a de desistir. E, apesar de haver dias mais difíceis, o plano é continuar. Em breve vai dar a volta à Península Ibérica: «Dois países. Eu sozinha, com um mapa. Devagarinho. Um dia de cada vez», resume. E remata: «Espero que depois destas venham outras. Já não consigo parar!».

Da maresia do litoral à beleza melancólica do Interior, Eunice sentiu-se uma privilegiada por poder ver os lugares que viu. Por onde passou, deixou um rasto de esperança. Para trás ficou o medo e a incerteza. Sobra apenas a superação.

 


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