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30 dezembro 2020
Texto de Marta Augusto (farmacêutica) Texto de Marta Augusto (farmacêutica)

A pandemia silenciosa

​​A deficiência de vitamina D é um problema de Saúde Pública.​

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Conhecida como a vitamina do sol, a vitamina D viu a sua relevância esquecida na sombra de outras. Apesar da sua importância, tem sido difícil, mesmo para os especialistas, compreender a extensão completa do seu papel, até porque os sinais de carência no organismo são compatíveis com praticamente todas as doenças descritas num manual de medicina. Na verdade, ela é uma hormona. E uma hormona extraordinária, capaz de influenciar a actividade de todas as células do organismo. 

Sabia que durante o Inverno apenas dois em cada dez portugueses conseguem atingir os valores mínimos recomendados de vitamina D no sangue? Surpreendido? Então fique ainda mais quando souber das implicações da sua carência na saúde de uma futura mãe e do seu bebé: 

  • Estima-se que 88 por cento das grávidas em todo o mundo sofre de deficiência grave em vitamina D. Esta carência é o principal factor de risco para o desenvolvimento de pré-eclampsia, aumento do tempo de trabalho de parto, aumento da probabilidade de necessidade de cesariana, e de futuros problemas respiratórios na criança. 

  • Durante a infância, a falta de vitamina D é um factor de risco para o desenvolvimento de diabetes tipo 1, asma, psoríase, doença de Crohn e outras doenças auto-imunes. Existem estudos que revelam uma inequívoca relação com o aumento da incidência de autismo, de perturbação de hiperactividade e défice de atenção desencadeados por baixos níveis de vitamina D durante a gravidez e nos primeiros anos de vida da criança.

  • Na idade adulta, a sua carência está intimamente relacionada com o desenvolvimento de deficiências imunológicas, doenças auto-imunes, cancro, diabetes tipo 2, hipertensão, enfarte, AVC, depressão, epilepsia, osteoporose... e a lista não tem fim. Mas, afinal, onde está fonte de juventude e saúde que nos parece estar a fugir por entre os dedos das mãos?

E não, mesmo tomando o pequeno-almoço na varanda ou dando um passeio na rua, não chega. Reforçar a sua dieta também não é solução. Os alimentos fonte de vitamina D não conseguem fornecer nem dez por cento da nossa necessidade. E apesar de termos um país soalheiro, com o vestuário que usamos, o uso de protector solar e a grande permanência no interior de edifícios, centros comerciais, carro, os esforços que fazemos para aumentar espontaneamente a produção desta vitamina tornam-se insuficientes. 

A única solução é suplementar: todos os adultos com peso superior a 50kg, incluindo grávidas, devem ingerir por dia no mínimo 5.000 a 10.000 UI de vitamina D, e as crianças entre 100 e 200 UI por cada quilograma. 

Preparado? Comece já hoje a fazer suplementação e experimente todos os benefícios deste micronutriente, que é muito mais do que a simples vitamina do sol.


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