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29 janeiro 2021
Texto de Marta Xavier Cuntim (psicóloga) Texto de Marta Xavier Cuntim (psicóloga)

A pandemia e os sub-19

​​​​​​​Ajude os seus filhos a viver este tempo.

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A COVID-19 trouxe inquietações relativamente à saúde mental. Uma das grandes preocupações da Organização Mundial da Saúde (OMS) diz respeito ao bem-estar psicológico dos cidadãos, nomeadamente os adolescentes.

Esta é uma fase da vida de maior preocupação para os pais. São todas as alterações hormonais, crescimento de caracteres sexuais secundários, descoberta e preocupação com o corpo, ajuste e (re)descoberta dos grupos de pares, descoberta de novos interesses, namorados.

A COVID-19 obrigou ao recolhimento em casa. Os adolescentes deixaram de poder estar presencialmente com os seus pares, para passarem tempo online com eles. A escola e os convívios, tal como os miúdos os conheciam, tiveram de ser ajustados.
 
Assim, convém ter atenção aos seguintes comportamentos:

  • O tempo que o seu filho passa online, ao telemóvel ou no computador. Nunca é de mais chamar à atenção para os perigos da Internet, do cyberbullying, da pedofilia, entre outros.

  • Sempre que possível, o seu filho deverá usar o computador numa divisão comum e não fechado no quarto. Desta forma, conseguem ter mais noção do que está a fazer (se está a estudar, jogar, falar com amigos), sem invadir a sua privacidade.

  • Crie um horário/rotina para a utilização do computador. Caso o seu filho volte a ter escola online, não deverá passar todo o tempo ao computador. Também aqui os horários escolares são para cumprir.

  • Tente acompanhar os conteúdos, ver que matérias são mais fáceis e as que causam mais dúvidas. Apoie-o no estudo, mas não resolva os problemas por ele.

  • Esteja atento a mudanças de humor e de comportamento.

  • Nunca é de mais chamar à atenção para miúdos alegres que, de um momento para o outro, passaram a ficar muito tristes, a chorar, a responder torto, a dormir mal, com alterações no apetite, deixaram de ter prazer em actividades que antes lhes davam gozo. Isto poderá indicar depressão. Importa reforçar que a depressão não se diagnostica de um dia para o outro, são necessários alguns meses destes sintomas acima descritos. Caso seja uma situação menos duradoura, poderá ser sinónimo de tristeza e, ainda assim, é preciso valorizar e perceber com o seu filho o que está a acontecer.

  • Perturbações de ansiedade também podem ser uma realidade, por toda a incerteza que estes dias nos trazem. De uma forma geral, caracteriza-se por preocupação excessiva com o futuro. Para alguns jovens, esta incerteza é mais fácil de gerir. Para outros, manifesta-se fisicamente, com palpitações, dor no peito, dificuldade em respirar, diarreia, dores de barriga, dores de cabeça, preocupação em excesso, pensamentos recorrentes e difíceis de afastar.

O facto de se passar mais tempo em casa permite que os pais estejam mais atentos aos filhos e que conversem mais. Nunca é de mais chamar a atenção para a importância da comunicação. Mais tempo em casa permite actividades em família, nomeadamente jantarem juntos sem telemóveis, ver um filme em família, dividir tarefas domésticas, ou fazer exercício físico.
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