«A Maria chegou onde chegou porque eu tenho apoio médico no meu local de trabalho. Do Estado tenho zero». As palavras pertencem a Teresa Coutinho, mãe de Maria, de dez anos, que tem paralisia cerebral desde que nasceu.
Aos dez anos, a menina contrariou os veredictos médicos: fala, caminha, aprende, faz surf adaptado e natação todas as semanas.
A mãe critica a falta de investimento do Governo em professores de ensino especial: «Na altura da crise em Portugal, o primeiro corte foi nos professores de ensino especial», recorda.
Maria tem sorte. O Parlamento Europeu, onde Teresa trabalha como assessora de imprensa, prevê apoios para condições como a da menina.
Teresa não tem dúvidas. O enorme progresso da filha deve-se a este apoio: «o Parlamento Europeu reconheceu a deficiência da Maria como uma doença crónica e dá-lhe apoio financeiro para todos os tratamentos e consultas médicas», explica.
Se houvesse mais apoios em Portugal, conclui Teresa, crianças com problemas semelhantes aos da Maria «poderiam desenvolver-se muito mais».
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