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31 outubro 2019
Texto de Sandra Costa Texto de Sandra Costa Fotografia de Ricardo Castelo Fotografia de Ricardo Castelo Vídeo de Vasco Rocha e Alexandre Vieira (drone) Vídeo de Vasco Rocha e Alexandre Vieira (drone)

A colheita da década de Alvarinho

​​​​​Este ano a colheita de Alvarinho vai ser boa. Pode mesmo ser a colheita da década.

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A previsão é de Armando Fontaínhas, responsável pela Adega Cooperativa Regional de Monção. «As uvas têm as condições para fazer um vinho especial, uma coisa única, mesmo», diz. Em Monção, todos estão satisfeitos com as vindimas deste ano, mesmo se em quantidade a produção de Alvarinho tenha caído quase dez por cento. 

Na adega a azáfama é grande. Um atrás do outro, os produtores chegam com os seus tractores, medem o grau de maturação das uvas, pesam a colheita e avançam para o local indicado para descarregar. O processo está todo automatizado, o que permite evitar erros. Fundada em 1958, a Adega Cooperativa Regional de Monção produz dois terços de todo o vinho da sub-região de Monção e Melgaço. Um quinto da produção anual é exportado para 32 países.

No ano passado, a colheita rendeu 6,5 milhões de garrafas, entre Alvarinho, vinhos brancos de lote, como o Muralhas e o Adega de Monção, e vinhos rosês. A receita de nove milhões de euros representa um rendimento, ou um complemento de rendimento, importante para as 1.600 famílias dos produtores cooperantes. Neste sentido, «a adega tem combatido a desertificação do território», confirma Armando Fontaínhas. 

A região tem uma longa tradição na produção vitivinícola. Também a exportação vem de longa data. Ainda antes da venda dos vinhos do Douro a Inglaterra já lá chegavam os então chamados “vinhos de Viana”. O cultivo de Alvarinho ganhou projecção a partir do início do século XX. Nos últimos anos, muitos jovens têm vindo a dedicar-se ao cultivo de Alvarinho. A uva desta casta é a mais bem paga do país, porque é muito pequena. 

O vinho produzido é de grande qualidade, graças ao microclima. A montanha protege o vale do Minho dos ventos frios que vêm do Atlântico e confere uma exposição solar particular. O Alvarinho da região «é e será sempre especial». A sua alma é única, explica Odete Barra, arqueóloga do município de Monção. Resulta da combinação de vários factores: a terra onde é plantado, o clima que o faz crescer, as pessoas que a trabalham e a forma como a casta se adapta a esta terra, a esta gente e a este clima. «Isto é o que distingue este vinho de outro qualquer», assegura. 

Para conhecer mais desta história, peça a #RevistaSaúda deste mês na sua farmácia.​

 

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