O ministro da Saúde realçou o papel desempenhado pelas farmácias para a inclusão social, dando como exemplo a
Associação Dignitude, capaz «de preencher um espaço do qual o Estado se afastou».
«Está na altura de conciliar os portugueses com o seu país. Está na altura de os poucos recursos que vamos conseguindo libertar serem, justamente, para aqueles que mais precisam e para aqueles que pouco têm e que precisam da ajuda de todos», disse Adalberto Campos Fernandes, durante a cerimónia de entrega do Prémio João Cordeiro, atribuído este ano à Farmácia Alentejana, em Castro Verde, por desenvolver um projecto-piloto de gestão de medicamentos para doentes polimedicados.
«Acredito na utilidade pública e estratégica do sector das farmácias, capaz de resistir aos embates das crises económicas», acrescentou o governante, referindo que, pela primeira vez este ano, «a trajectória de insolvências económicas que se vinha a verificar no sector estagnou».
Adalberto Campos Fernandes disse que o Governo quer um sector farmacêutico economicamente «sustentado e sustentável», por considerar que «as farmácias portuguesas fazem parte do Serviço Nacional de Saúde» e que «são um elemento fundamental não só de coesão, mas também de inclusão social».
O ministro anunciou que a lei que define e regula o Acto em Saúde, aprovada em Conselho de Ministros a 15 de Setembro, vai ser debatida no Parlamento na próxima semana, afirmando que o Executivo está a estudar a hipótese de, já em 2017, distribuir medicamentos sólidos para o VIH (Vírus da Imunodeficiência Humana) nas farmácias comunitárias, e que o diploma do Programa Troca de Seringas nas Farmácias já foi assinado por si e pelo ministro das Finanças.