A zona, doença causada pelo vírus herpes zoster, manifesta-se através da presença de pequenas bolhas na pele, preenchidas de líquido. Surge pela reativação do mesmo vírus que provoca a varicela e que permanece, durante algum tempo, inativo nas células nervosas da pessoa. Tendencialmente, aparece na idade adulta, nas pessoas com 50 ou mais anos, ou em situações em que o sistema imunitário esteja comprometido, por exemplo nos casos de infeções pelo VIH (vírus da imunodeficiência humana), doenças linfoproliferativas, tratamentos com quimioterapia ou corticoides, pós-transplante, pós-trauma físico ou pós-stress psicológico.
Além do aparecimento de bolhas numa parte do corpo, os sintomas podem incluir dores de cabeça, febre, calafrios, náuseas, diarreia e dor, formigueiro ou picada na zona específica da pele que estiver afetada. A zona pode afetar qualquer parte do corpo, ainda que normalmente apareça no tronco.
Uma pessoa afetada pela zona não a pode transmitir a outras pessoas apenas através do contacto, mas pode contagiá-las com varicela, no caso de elas nunca a terem tido. Assim, se nunca teve varicela, o herpes zoster é contagioso desde o momento em que surgem as primeiras bolhas até todas as lesões infetadas estarem em crosta. O período de incubação pode variar de oito a 21 dias.
O diagnóstico é clínico, ou seja, passa pela examinação das alterações da pele por parte de um médico. Quando não há alterações na pele, pode ser necessário realizar testes laboratoriais que detetem a presença do vírus.
Não existe medicação capaz de eliminar por completo a zona, mas é possível controlar os sintomas recorrendo a medicação antiviral, que deve ser iniciada nas primeiras 72 horas da manifestação da doença. O tratamento inclui medicação anestésica ou anti-inflamatória (para controlar a dor), enquanto as bolhas e vesículas da pele não secarem. Se apresenta sintomas de zona, não hesite em procurar a ajuda do seu médico, para garantir um diagnóstico atempado e o rápido início do tratamento.
Embora possa ser uma doença leve, há também casos em que podem surgir complicações, como nevralgia pós-herpética, que pode aparecer em metade dos casos. Consiste na dor, tipo queimadura ou choque elétrico, persistente na área das lesões. Outras complicações podem ser: a perda parcial ou total da visão, caso o vírus atinja o olho e não seja tratado; a infeção das feridas; encefalite (inflamação do cérebro); e meningite (inflamação das membranas que rodeiam o cérebro e a medula).
Já existe vacinação para prevenir a zona e a nevralgia pós-herpética, indicada para adultos com 50 ou mais anos, ou adultos a partir de 18 anos que tenham risco acrescido de contrair herpes zoster, por exemplo, quando têm o sistema imunitário comprometido.