Quem são a Francisca e o Ricardo?
Francisca: O Ricardo é perfecionista, maravilhoso, competente, bom pai, bom marido, divertido. O melhor do mundo.
Ricardo: A Chica? Maravilhosa, espetacular, companheira e sorridente, melhor mãe do mundo, grande amiga. É o meu amor.
Como descrevem a vossa relação de 18 anos?
Francisca: Nós brincamos que este ano atingimos a maioridade. Mas acho que tem sido uma relação amorosa e saudável, acima de tudo, de dois companheiros.
Ricardo: Não há regras. Não há um manual nas relações. Vamos vivendo cada momento com muita troca, muita entrega, muito companheirismo, muita união. Experiências vividas a dois e sentidas a dois é diferente. Acho que isso é fundamental e significa que estamos muitas vezes juntos e depois saber ouvir o outro, saber entender, saber conversar, também.
Francisca: Falamos muito, trocamos muitas ideias. Para onde é que queremos ir? Onde vamos estar daqui a 100 anos? Nós vamos viver 120 anos. Estamos a cuidar do nosso corpo para viver 120 anos e eu acho que é isso. Procuramos juntos encontrar o caminho certo para sermos felizes.
Com esse objetivo de querer viver até aos 120 anos, sempre tiveram cuidados com a saúde?
Francisca: O Ricardo sempre fez muito desporto na vida dele. Eu fiz dança durante alguns anos, mas não tinha essa noção do desporto, como o Ricardo. Quando começámos a namorar, fomos para o Brasil, país com esse lado da saúde, do corpo, do culto do desporto muito enraizado, e acho que acabámos por ser influenciados pela energia que vem da terra do Rio de Janeiro.
Ricardo: Gostamos de estar juntos, por isso tornou-se uma rotina fazermos juntos o que desse. Faz parte da nossa vida acordar de manhã, fazer exercício, juntos ou separados e até mesmo com os nossos filhos. É uma das coisas que fazemos para cuidar de nós. Somos do verbo "ir", do verbo "aprender".
Ricardo: Eu acho que olhar para a saúde não tem a ver única e exclusivamente com o aspeto físico. Tem a ver com bem-estar e, acima de tudo, como vais evoluindo. À medida que se vai avançando na idade, vai-se ganhando noção de algumas coisas. Acho que o mundo também avançou muito na área dos cuidados, da prevenção, na saúde, na alimentação, na nutrição funcional, nos cuidados médicos, na longevidade, no antienvelhecimento, numa série de coisas. Para quem realmente tem vontade de conhecer um bocadinho mais sobre esse universo, há muita informação acessível e cientificamente provada. Acho que nós, como a Chica diz, navegamos um bocadinho por tudo e temos a sede do conhecimento, de ir à procura, de perceber o que é que se anda a fazer. Mas, mais do que tudo, não é só o nosso bem-estar, é o estar bem para acompanhar a evolução dos filhos e conseguir, em idades mais avançadas, ajudá-los em tudo o que precisarem.
Nós queremos viver mais tempo e apostar nisso!
A saúde é uma prioridade que passam aos vossos filhos?
Ricardo: Sim, eles praticam muito desporto. Francisca: Sabem que em casa há certas regras na alimentação, como não haver doces durante a semana, comerem mais legumes. Temos atenção ao que comem, bebem, dormem. Dormir é fundamental!
Ao fim de semana gostamos de andar de bicicleta, de fazer caminhadas. Eles fazem trilhas connosco, de três horas se for preciso. Já estão acostumados.
«Não é só o nosso bem-estar. É estar bem para acompanhar a evolução dos filhos e ajudá-los em tudo o que precisarem»
Têm algum conselho para quem queira ser mais ativo?
Francisca: Acho que é uma pergunta difícil, por- que depende de cada um. O que é que quer fazer com o seu corpo? Só custa o início! Quando se começa a criar uma rotina e a adaptar-se aos exercícios físicos ou à alimentação. Acho que que é tudo uma questão de hábito. Nós somos animais de hábito, não é? Todos nós conseguimos o que quer que seja. Temos é de nos propor a isso e começar, não é? Portanto, o conselho é começar.
Ricardo: Há várias formas de praticar desporto, de nos movimentarmos. Eu, por exemplo, não concebo a minha vida, o meu dia a dia, a vida agitada que tenho profissionalmente, sem a atividade física. Nós, como pais, queremos estar lá para os nossos filhos em todos os momentos deles. Isso exige forma física. Cada pessoa tem de perceber o que quer fazer e procurar o que a faça sentir bem. Eu prefiro de manhã porque o meu dia é diferente. O mais importante para nós, no desporto, é o nosso bem-estar.
Tínhamos um treinador maravilhoso. Ele dizia assim: «Vem cá, você não acorda todos os dias e não escova os dentes? Então porque não acorda e faz qualquer coisa?»
Está mais do que provado que fazer qualquer coisa é superimportante, depois cada um tem de encontrar aquilo que consegue e quer fazer.
Esta rotina é imprescindível mesmo com uma agenda preenchida?
Ricardo: Preenchemos a agenda sempre com isso já em mente.
Francisca: É como lavar os dentes.
Essa disciplina também entra nas festividades? Por exemplo, no Natal?
Francisca: Nós somos supersaudáveis. Para ter um momento em família, jantar, beber um vinho, não somos extremistas.
Ricardo: É aquela velha máxima de sete dias, uma semana. Se em dois dias comeres aquilo que te apetece, os teus pratos favoritos, está OK. Não podes é fazer disso rotina. Nós também comemos um doce. Não é nem oito nem 80. Dieta não significa inibição de comida.
Com o trabalho que tenho, às vezes preciso de ter o meu corpo moldado à personagem, e isso significa ter uma profissional sempre connosco a acompanhar. Agora também não somos daquele tipo «Não posso isto e jamais poderei aquilo». Há que manter o equilíbrio!
Quais são os vossos objetivos ou projetos até aos 120 anos?
Ricardo: Eu aos 100 anos quero ir ao espaço! Imagina…
Francisca: Eu quero, aos 118, ainda conseguir atar o meu sapato, ir à farmácia. Acho que é isso. Ter boa qualidade de vida até ao máximo de anos possível. Se for 120, ótimo. Se for com ele, ainda melhor.
Ricardo: Aos 124 anos quero ser aquele avozinho que diz adeus a toda a gente. Impecável, digo adeus, dou abraços. Caminhar com um sorriso e bem!
Francisca: É ser feliz. Estarmos bem, com saúde, ao lado dos filhos e dos netos.
Agradecimentos:
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