O factor humano é a mais-valia trazida pela farmácia quando se fala em Inovação em Saúde. O «futuro já chegou», considerou Bruno Sepodes, da Agência Europeia de Medicamentos, na primeira sessão plenária do 13.º Congresso das Farmácias, em Lisboa.
Num mundo em que já existem terapias génicas, que têm, por exemplo, a capacidade de alterar o ADN, retirando-lhe o VIH, ou de uma transformação digital, em que o primeiro diagnóstico é feito, muitas vezes, através do Google, é fundamental inovar e investir em tecnologia, considera Bruno Sepodes.
«Com confiança». Haverá, do lado dos farmacêuticos, sempre o factor humano, de proximidade às populações, que nenhuma máquina pode substituir. Daí que, considera o responsável, todo o sector da saúde, e as farmácias em particular, devam investir em inovação e tecnologia, antecipando problemas do futuro.
No que diz respeito à inovação na área da investigação, os desafios devem ser lançados por quem tem os problemas, sustentou, por seu lado, Jorge Gonçalves, da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto. Os desafios têm de ser lançados por quem tem os problemas.
O académico salientou que é preciso ter uma comunidade na área da saúde que saiba fazer as perguntas certas. Levar a investigação à prática, ou seja, ao problema que necessita de solução.
Salvador de Mello, do Health Cluster Portugal, considera fundamental valorizar o sistema económico da saúde. «É um sector que investe e traz valor ao país», sublinhou. Relativamente às farmácias, a relação de confiança conquistada é um património «imbatível», a ser usado para inovar na área da saúde.