Aos 30 anos, Thayná Camões é um exemplo de resiliência. Atropelada por um metro de superfície em Lyon, França, quando tinha 23 anos, a jovem engenheira química conquistou autonomia, recuperou parte do andar e vive a vida cheia de energia.
Nos últimos nove meses, durante a pandemia de COVID-19, viu-se confrontada com a necessidade de superar alguns obstáculos para se manter activa. Todos os dias, de mãos ao volante, viaja entre a vila de Bombarral e as Caldas da Rainha só para fazer exercício físico.
«Tento ir ao ginásio logo de manhã para evitar grande afluência de pessoas», explica.
Thayná confidencia que as restrições de circulação devido ao actual contexto de crise sanitária lhe trouxeram a impossibilidade de fazer desporto. Em consequência, surgiram as dores no corpo.
«Os meses em que tivemos de ficar em casa foram uma altura muito complicada, porque fiquei sem possibilidade de ir à fisioterapia, ao ginásio e à piscina…».
Nem por isso Thayná desistiu. Mês após mês, procurou alternativas. «Um amigo emprestou-me uma bicicleta adaptada e, com a ajuda dele, fui fazendo o meu treino».
A lutar há sete anos contra o próprio corpo, actualmente já é capaz de se levantar e andar com o apoio de um andarilho.
«Eu era uma gelatina autêntica!», diz, entre risos.
Com a pandemia a somar novos casos de infecção um pouco por todo o mundo, a engenheira química deixa uma mensagem de alerta: «Este contexto de pandemia tem um impacto enorme na saúde de pessoas como eu, porque ficamos imobilizados, sem acesso a tratamentos e ao desporto que tão bem nos faz», adverte a jovem brasileira nascida no Rio de Janeiro, a viver desde os dez anos em Portugal.
«É importante dedicar um pouco mais de atenção a grupos restritos, pois fechar os estabelecimentos e impedir deslocações entre concelhos tem um impacto grande nas nossas vidas. É preciso ter atenção a isso quando se define medidas preventivas», conclui.
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