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29 outubro 2021
Texto de Sandra Costa Texto de Sandra Costa Fotografia de Pedro Loureiro Fotografia de Pedro Loureiro Vídeo de André Oleirinha Vídeo de André Oleirinha

«Prefiro um caminho mais saudável»

​​​ Sofia Cerveira conta os segredos do bem-estar físico e emocional.

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​​Transmite uma imagem de tranquilidade. É uma pessoa serena? 
Sou muito serena, nada ansiosa, vivo o dia-a-dia com muita paz. Também gosto de azáfama, mas mesmo no meio dela consigo estar tranquila e passo essa sensação aos outros. 

Para essa paz de espírito contribui um estilo de vida saudável? 
Sem dúvida. O bem-estar vem muito da forma de estar na vida, não só o cuidado óbvio com a alimentação e o exercício físico, mas a atitude e as escolhas que fazemos. Tento concentrar as minhas energias no essencial, dedicar-me ao que me faz bem e me transmite tranquilidade. 

A apresentadora assume-se como uma pessoa serena, que mantém a tranquilidade mesmo em situações de azáfama

O que é o essencial para si? 
Estar rodeada daqueles que amo. Estar reunida com os que me fazem bem é meio caminho andado para a minha vida se concretizar de forma plena e feliz. A família é o meu pilar. Tudo o que a minha filha Vitória, que tem agora cinco anos, me dá, ajuda-me a estar plena. O contacto com a Natureza também me dá tranquilidade. Vivo em Sintra, numa zona bastante isolada, acordo com os passarinhos e quando chego a casa há um clique: «Cheguei, encontrei-me». Só isso chega para baixar o ritmo e retomar o equilíbrio. Passo imenso tempo no jardim, só a contemplar. Faz-me bem parar, dar atenção aos silêncios, pensar. A minha mente renova-se com estas pausas. 

Como é a vida com a Vitória? 
Passamos muito tempo em casa, com a pandemia ainda mais, e gostamos de estar no jardim, a brincar com a terra, a descobrir alguma coisa junto das flores e das plantas, a aproveitar a hortinha. A Vitória tem este contacto com a terra desde muito pequenina. Também fazemos brincadeiras sensoriais, com plasticinas e coisas caseiras, e criamos imensos teatros. Ela tem uma imaginação muito fértil, inventa as histórias, distribui os personagens pela mãe e pelo pai. Pomos música, dançamos… 

Sofia Cerveira prefere fazer caminhadas ao ar livre a frequentar ginásios. Mas surpreendeu-a o gosto pelo kickboxing

Faz jardinagem? 
Sempre fui muito ligada à terra, mas só durante a pandemia desenvolvi o interesse pela jardinagem e o cultivo. Gosto muito. Eu podia ser feliz com um negócio de flores e plantas, onde conjugasse o design com os cheiros, cores, texturas… 

E caminhadas na serra? 
Imensas! Temos a sorte de estar a cinco minutos de um miradouro lindo e, quando queremos caminhar, estamos a dois minutos da serra. Temos muito contacto com a Natureza e o ar puro. Sempre sem ninguém. 

Pratica desporto? 
Nunca fui adepta de ginásios, gosto de caminha- das e pretendo retomar a corrida, que me faz muito bem. Sou mais do estilo de fazer pilates, mas comecei a praticar kickboxing no ano passado e gosto bastante. Ajuda-me a gastar energia, fortalece o corpo e puxa pelo lado cardio. Iniciei treinos personalizados de electroestimulação. O importante é não parar. No primeiro confinamento tive alguma dificuldade em lidar com a quebra de rotinas e senti que precisava de um impulso para reagir. Fiz dois detox, que correram muito bem, e retomei uma alimentação mais consciente. Prefiro um caminho mais saudável. 

Não fuma, não bebe álcool e café só pontualmente. «Se puder conviver de forma saudável, tanto melhor», diz a apresentadora

Que cuidados tem com a alimentação? 
Habitualmente ingiro hidratos de carbono, mas tenho uma regra há muitos anos: não misturo os hidratos com as proteínas. Gosto de sopas e saladas, de manhã substituo o pão por smoothies [batidos], diversifico imenso e não me canso desta alimentação. Bebo cerca de dois litros por dia e sinto-me bem, a minha pele e cabelo também. Não há nada melhor para o nosso organismo do que a água. Também não fumo, não bebo álcool, e café só muito de vez em quando. 

Não tem vícios nenhuns! 
Deste tipo não [risos]. Às vezes gosto de extravasar um bocadinho: uma boa sobremesa, um copo de vinho com os amigos. Mas se puder conviver de forma saudável, tanto melhor. Há opções saborosas e fáceis de fazer em casa. É importante passar isto aos filhos. Por hábito não entra muito açúcar lá em casa. 

Como é a sua relação com o sono? 
Sempre tive facilidade em adormecer e durmo em qualquer lado. Quando ia para a universidade, costumava adormecer no comboio da linha de Cascais. Mudei um pouco desde que fui mãe, há algo em mim sempre alerta. Deito-me e acordo cedo, e quando durmo pior está relacionado, curiosamente, com a alimentação. Durmo muito bem quando faço jejuns intermitentes, em que não como entre a hora do jantar e as 11 horas do dia seguinte. 

Sofia Cerveira gosta de ir às farmácias procurar novidades nos produtos de beleza e para criança 

Faz com regularidade? 
Sim, ajuda-me a manter essa sensação de equilíbrio no meu corpo. Gosto de prolongar o jejum, só bebendo chás. O intestino funciona melhor. 

Gosta de farmácias? 
Sou uma curiosa, gosto de ir às farmácias procurar novidades nos produtos de beleza e para criança. Protectores solares, águas de limpeza, tónicos, produtos ‘sem isto e sem aquilo’ para a Vitória. 

O que prefere fazer em televisão: apresentação ou representação? 
A apresentação é o meu grande amor, a ficção é uma paixão. Sou feliz em ambas. Em 2021 celebro 25 anos de televisão. Comecei na RTP, a apresentar a meteorologia, estou na SIC desde o ano 2000. Na apresentação fiz um bocadinho de tudo, dos Globos de Ouro ao Circo de Monte Carlo. Sinto que sou capaz de fazer qualquer coisa em televisão. Vejo-me a apresentar um programa de daytime. Gosto muito de comunicar e de ouvir. 


«Por hábito não entra muito açúcar lá em casa», garante a apresentadora 

Tem projectos profissionais em vista? 
Devemos recomeçar a gravar em Novembro uma nova temporada do “Casa Nova, Vida Nova”, na SIC Mulher. A primeira foi um sucesso. Vou continuar a apresentar o “E-Especial”, aos sábados. O programa tem 13 anos e reinventa-se todos os anos. Diariamente dedico-me à profissionalização das redes sociais, enquanto instrumento de trabalho. Há mercados interessantes a explorar no digital e é importante perceber como chegar ao público, às marcas que nos acompanham há muitos anos e a novas marcas. 

Gosta das redes sociais? 
Gosto muito. É gratificante a troca de experiências com as pessoas que me seguem. Quando o meu marido lutou com um cancro e eu estava grávida, muitas pessoas enviaram-me mensagens emotivas de gratidão e partilhavam dificuldades semelhantes. Esta partilha é importantíssima. 

 


​Essa experiência mudou a forma como vive? 
As circunstâncias da minha gravidez foram difíceis, mas o Gonçalo [Diniz] é um lutador, optimista por natureza, tem uma enorme garra e poupou-me muito. Saímos desta vivência mais unidos e com respeito pela vida, com a consciência da importância de abraçar a vida dia-a-dia, com atenção e amor. Respeitar o nosso corpo e saúde para vivermos bem o tempo que temos e mimar quem nos é próximo. Não faço planos para o futuro, vivo cada vez mais o instante. Só peço saúde, para acompanhar a minha filha o máximo de tempo que a vida me permitir. Sou muito grata pela vida e saúde que tenho, e pelo que conquistei até hoje.

 


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