Comprar presentes, fazer refeições e doces tradicionais, e continuar a cuidar dos filhos pode ser um desafio exaustivo para qualquer pai ou mãe.
Para evitar cansaço acumulado ou cabelos em pé, a psicóloga clínica Mariana Cordeiro Ferreira aconselha os pais, em primeiro lugar, a fugir do stress de natais anteriores. «Devem reflectir e identificar aquilo que não correu bem em anos anteriores. E, claro, é proibido repetir os erros».
Famílias e festas perfeitas não existem. «É importante adequar as expectativas com que partimos para o Natal. Nada na vida é perfeito, nenhum Natal é perfeito, e nós não somos pais perfeitos», adverte a psicoterapeuta do Centro do Bebé, em Lisboa.
Em dia de casa cheia, dedicar tempo e atenção aos mais novos é - e será sempre - «o melhor presente» que os pais podem dar. «Se formos às memórias da nossa infância, lembramo-nos principalmente de estar a celebrar o Natal com a família», sublinha Mariana Cordeiro Ferreira. Oferecer os tão desejados brinquedos não deve ser o principal objectivo dos pais, até porque «as crianças brincam cinco minutos e depois esquecem», reforça a psicóloga.
Já os momentos de partilha familiar, esses sim, devem ser valorizados. Preparar bolachas de Natal com a ajuda das crianças ou fazer jogos onde «todos participam» podem ajudar os pais a fintar birras e discussões. «Os jogos, por exemplo, dão aos pais a oportunidade de parar e viver o momento presente com os filhos», aponta.
Mariana Cordeiro Ferreira deixa uma última mensagem: «Sejamos ou não católicos, o Natal é representado pelo presépio, a imagem de uma família que teve um bebé numa gruta onde todos se aqueceram uns aos outros. Pois então, inspirem-se nesta imagem!».