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18 outubro 2016
Texto de Sílvia Rodrigues (farmacêutica, directora da Revista Saúda) Texto de Sílvia Rodrigues (farmacêutica, directora da Revista Saúda) Fotografia de Pedro Loureiro Fotografia de Pedro Loureiro

O alerta americano

​​​​​A gripe motivou, no dia 29 de Setembro, um alerta muito claro por parte da agência de Saúde dos EUA.​​​​​​

«Todos os americanos devem vacinar-se contra a gripe, tão depressa quanto possível».

O Centers for Disease Control and Prevention (CDC), uma das instituições de saúde pública mais prestigiadas do mundo, recomenda a cobertura vacinal da população adulta, para evitar mortes desnecessárias.

«O vírus da gripe é sério. O vírus da gripe é imprevisível», enfatizou Thomas Frieden, director do CDC.

A gripe sazonal, que acontece todos os anos, mata. Nos EUA, faz 49 mil vítimas por ano. Em Portugal, estimativas conservadoras apontam para 2.400 óbitos causados pela gripe e outras doenças a que abre caminho, como a pneumonia.

O vírus da gripe é especialmente perigoso por duas características, que definem um mau carácter.

Primeiro, engana que se farta. Todos os anos ataca entre 700 mil a um milhão de portugueses. Mas, na maioria dos casos, instala-se durante uma semana e despede-se “até para o ano”, o que transmite à sociedade uma falsa sensação de segurança.

Segundo, é cobarde. Ataca com mais força as pessoas mais vulneráveis da nossa família, como os idosos e doentes crónicos.

A vacina é especialmente recomendada nestes grupos, considerados de risco, assim como em grávidas e profissionais de saúde. A vacinação dos adultos é, no entanto, o instrumento mais eficaz para diminuir a circulação do vírus na comunidade – e consequentemente o número de contágios de indivíduos de risco. A vacinação deve ser encarada como um acto de responsabilidade, em particular para quem contacta com crianças, grávidas, idosos ou doentes crónicos.

«As farmácias têm um papel central na vacinação da população adulta», como afirma Carolyn Bridges, directora de imunizações do CDC. Em Portugal, 2.267 farmácias estão disponíveis para garantir a imunização dos portugueses. Farmacêuticos com formação específica garantem a administração da vacina da gripe com toda a segurança, sem marcações prévias nem salas de espera. No caso da gripe, a educação para a saúde e o aconselhamento farmacêutico são particularmente relevantes. Esta revista pretende contribuir para isso. A Saúda ajuda os leitores a enfrentar a gripe com a tranquilidade de quem está bem informado, mas sem falsas sensações de segurança.

Editorial da Revista Saúda #​12.
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