Há muitas causas para a congestão nasal: alergénios (pó, pêlos de animais, entre outros), infecções respiratórias virais (gripes e constipações) ou bacterianas, desvio do septo nasal, tumores benignos (pólipos nasais) e, em casos mais graves, mas menos comuns, pode ser sintoma de tumores malignos. O mau uso de descongestionantes nasais tópicos pode provocar o efeito contrário e agravar os sintomas.
A congestão nasal resulta da inflamação da mucosa nasal, podendo provocar edema (inchaço), irritação e prurido (comichão). Durante o processo inflamatório, há frequentemente um aumento da produção de secreções, designado rinorreia, que pode afectar o aparelho auditivo.
Na maioria dos casos, bastam adoptar medidas simples que ajudam a tornar as secreções mais fluídas, facilitando a expulsão:
• Assoar o nariz regularmente, de forma suave
• Inalar vapor de água, no mínimo dez minutos, durante o banho ou duche, ou colocando água bem quente no lavatório
• Aplicar soro fisiológico ou soluções salinas, genericamente conhecidas por “água do mar”
• Ingerir muitos líquidos, como água, tisanas e sopa, evitando bebidas com cafeína, pois tendem a secar a mucosa nasal
• Dormir com a cabeça ligeiramente elevada em relação ao resto do corpo
• Para bebés e crianças mais pequenas, pode ser útil remover o muco com um aspirador nasal
Todavia, há casos em que pode ser necessário recorrer a medicamentos:
• Descongestionantes – actuam através da diminuição da dilatação dos vasos sanguíneos
• Anti-histamínicos – são usados no alívio da congestão de origem alérgica
Os descongestionantes são os mais utilizados (sprays ou gotas para aplicar directamente no nariz) e sistémica (de administração oral).
Os primeiros permitem obter bons resultados, mas merecem algumas ressalvas, para minimizar o risco de complicações, uma vez que o uso repetido pode causar irritação local e provocar intolerância (necessidade de aumentar a dose). O ideal é seguir duas regras de ouro: não ultrapassar a dose recomendada nem o tempo de tratamento (três a cinco dias).
Informe-se junto do farmacêutico sobre as medidas. Caso os sintomas persistam mais de duas semanas, acompanhados de outros, como febre alta, tosse por mais de dez dias ou muco amarelo-esverdeado, o mais indicado é consultar o médico.