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2 maio 2024
Texto de Telma Rocheta (WL Partners) Texto de Telma Rocheta (WL Partners) Fotografia de Pedro Loureiro Fotografia de Pedro Loureiro Vídeo de Duarte Almeida Vídeo de Duarte Almeida

«Não tinha aspirações de ser artista a solo»

Com os “Deolinda” em pausa​, Ana Bacalhau teve de aprender a ser independente.​

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​Ana Bacalhau já tinha «dado voz» a outras bandas quando se tornou conhecida como a cantora dos “Deolinda”. O grupo, nascido em 2006, teve um sucesso rápido e o tema “Parva que Sou” tornou-se o hino de uma geração com estudos, mas destinada a uma vida de precariedade. Foi com os “Deolinda” que, aos 30 anos, Ana Bacalhau deixou o emprego seguro ‘das nove às cinco’ para arriscar uma vida de palco. Os “Deolinda” já enchiam salas e os músicos mal conseguiam fazer um mês de férias. «Nos concertos tocávamos e as pessoas sabiam [as letras] todas. Não era só uma ou outra, eram todas as músicas de cor. E cantavam connosco do princípio ao fim». A banda com uma sonoridade nova, inspirada «numa certa portugalidade», era contratada para festivais.

Dez anos depois decidiram fazer uma pausa, «porque os músicos queriam seguir projetos pessoais». Para a cantora, a experiência de se lançar a solo foi um pouco assustadora. «Sempre gostei de servir um conjunto, esse espírito de comunidade. Gostava de me diluir, digamos assim, e abraçar esses projetos a mais vozes», recorda. Na verdade, diz, «não tinha aspirações de ser artista só, a solo». Estava confortável com a situação: «A minha ideia era ter os “Deolinda” e ir fazendo, de vez em quando, algumas coisas por mim, só para perceber qual era a minha voz». Com a pausa da banda, diz ter ficado «sem casa». 

«Costumo dizer isto; eu fui aprender a nadar, fui atirada para a piscina para aprender a nadar. Tive de aprender a ser artista a solo». Dos quatro em palco, passou a ser apenas uma sob os holofotes. «Era só a minha cara, a minha pele. Quem é que eu sou? O que quero transmitir? Foi uma aprendizagem», analisa. Mas a independência correu bem e deu uma ‘nova alma’ à cantora.  De 2017 até ao momento, Ana Bacalhau já editou dois álbuns a solo, “Nome Próprio” e “Além da Curta Imaginação”, de 2021. Até ao fim do ano sairá o novo álbum da artista (ainda sem nome), do qual já são conhecidos quatro singles: “Não vás Embora Rapaz”, “Orelhas Moucas”, “Fósforo” e “Por nos Darem Tanto”. 

 

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