Farmácia Saúde - Figueira da Foz
O método de atendimento era «um pouco solto», mas nos últimos cinco anos ganhou rigor e agilidade: prestar acompanhamento farmacoterapêutico de qualidade, o que inclui o contacto diário com os médicos dos utentes.
«Temos em Portugal cada vez mais doentes polimedicados, muitas vezes a tomar medicamentos desnecessários. O nosso papel é ajudá-los», sinaliza Anabela Mascarenhas. A directora-técnica da Farmácia Saúde, na Figueira da Foz, garante: «Quase todos os dias ligamos ao médico». Normalmente são «contactos rápidos», para resolver dúvidas quanto a uma dose específica ou sobre alguma alteração feita na prescrição. Mas, por vezes, é preciso ir mais longe. «No caso dos doentes polimedicados, os contactos com o médico podem ser mais demorados ou exigir uma componente escrita». Anabela Mascarenhas já enviou cerca de meia centena de cartas para os clínicos.
A hipertensão, a diabetes e a doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC) são os três principais focos de intervenção, com rastreios e acompanhamento farmacêutico especializado, recorrendo a métodos inovadores para chegar mais perto dos utentes. Foram estes que constituíram o cerne da candidatura ao Prémio João Cordeiro deste ano, sob o mote “Inovar no serviço para a comunidade nos últimos cinco anos”.
Mas há mais. Anabela Mascarenhas conta que «vamos às escolas e as escolas vêm à farmácia. Começamos com crianças de quatro e cinco anos, e seguimos as várias etapas escolares até à universidade, onde participamos em seminários. Também fazemos workshops para idosos. Achamos, em suma, que devemos comunicar o mais possível com a comunidade».