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ANF
22 novembro 2024
Texto de Carina Machado Texto de Carina Machado Fotografia de Mário Pereira Fotografia de Mário Pereira

Ministra da Saúde presente na abertura oficial da Expofarma 2024

​​Ana Paula Martins abriu hoje, 22 de novembro, oficialmente, as portas da Expofarma 2024, num ato simbólico de corte de fita. Estiveram presentes 3.500 pessoas no segundo dia do maior evento farmacêutico nacional. 

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Acompanhada por uma comitiva presidida pela presidente da ANF, entidade organizadora do certame, e composta por representantes de diversas entidades, com destaque para o bastonário da Ordem dos Farmacêuticos e o presidente do Infarmed, a ministra da Saúde percorreu os pavilhões, detendo-se em vários stands, onde cumprimentou os expositores e muitos dos visitantes que àquela hora se encontravam no local. 

À semelhança das 3.500 pessoas que visitaram a Expofarma a 22 de novembro, Ema Paulino acredita que «a senhora ministra ficou com uma visão clara de como o setor se está a preparar para cumprir a visão de uma farmácia tecnologicamente mais evoluída e mais eficiente do ponto de vista dos processos, libertando os nossos profissionais de saúde para o cumprimento da sua missão assistencial à população, conforme o apelo que deixou no discurso de abertura do Congresso Nacional das Farmacêuticos esta manhã».


Ema Paulino​, presidente da Direção da Associação Nacional das Farmácias (ANF)

Helder Mota Filipe alinha pelo mesmo diapasão. O bastonário da Ordem dos Farmacêuticos congratulou-se pelo casamento feliz entre os dois eventos, assente na complementaridade. «É, de facto, muito interessante os farmacêuticos poderem ouvir e discutir a inovação no medicamento e nos serviços e poderem contactar com essa realidade na feira». 

Pouco antes, na sessão de abertura do Congresso, o representante da classe colocava a tónica na responsabilidade dos farmacêuticos sobre o custo-efetividade da inovação terapêutica, assim como sobre o contributo inestimável na implementação de políticas de Saúde Pública, que exemplificou com a vacinação sazonal, garantindo que a classe está disponível e preparada para mais responsabilidades no plano da imunização da população.


Helder Mota Filipe, bastonário da Ordem dos Farmacêuticos

«Tornou-se evidente, em todo o mundo, que as autoridades de saúde não podem dispensar a rede de farmácias comunitárias. E, em Portugal, a renovação da terapêutica crónica e a dispensa em proximidade são dois exemplos de que, havendo vontade política, a coordenação é possível para o desenvolvimento de medidas com interesse público», afirmou o bastonário. «Estamos a assistir a uma mudança de paradigma no envolvimento das farmácias nos serviços nacionais de saúde. A rede contribui para a diminuição da pressão sobre os cuidados primários e urgências hospitalares, na intervenção protocolada em situações clínicas ligeiras criteriosamente escolhidas». Helder Mota Filipe afirmou que o programa Pharmacy First, no Reino Unido, «é uma referência». Os dados indicam que poupou 38 milhões de consultas no NHS, o equivalente a 5 milhões de episódios de urgência e consultas, por ano, em Portugal. Acrescentou, ainda, que a Ordem tem já propostas apresentadas neste campo ao Ministério da Saúde, para a quais conta com o envolvimento da Ordem dos Médicos. Contudo, sublinhou, o acesso a dados clínicos relevantes é essencial para a partilha e geração de evidência sobre os resultados alcançados. 


A comitiva que acompanhou a ministra da Saúde percorreu os pavilhões da Expofarma, detendo-se em vários stands

Aceitam-se propostas, desafiou a ministra, afirmando que «estamos preparados para assinar um quadro comum de referência para o SNS, inovando em novos serviços farmacêuticos que acrescentem segurança e qualidade em proximidade, medindo resultados e respondendo às preferências dos doentes». ​Segundo Ana Paula Martins, «o XXIV Governo de Portugal conta com os farmacêuticos. Todos os governos contaram sempre, contudo, o futuro dos farmacêuticos, as fileiras que ocuparão, dependem mais de vós do que de qualquer governo ou decisor político. Dependem muito mais do reconhecimento das pessoas, da população que servem, do que de investidas táticas de lideranças menos esclarecidas».