A Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed) anunciou, a 7 de fevereiro, a lista mensal dos medicamentos que não podem ser temporariamente exportados. São 137, em janeiro eram 110. A medida visa assegurar o abastecimento do mercado nacional, minimizando o problema de falhas de medicamentos nas farmácias que se fazem sentir nos últimos meses. A lista inclui, a cada mês, os fármacos em rutura no mês anterior e cujo impacto tenha sido considerado médio ou elevado, conforme o regulamento de disponibilidade.
As farmácias têm encontrado alternativa para colmatar as falhas de abastecimento do mercado sentidas pontualmente e «as pessoas não ficam sem tratamento», assegurou a presidente da Associação Nacional das Farmácias (ANF), à agência Lusa. «Continuamos, nas farmácias, a encontrar alternativas, quando isso é possível, ou então, nas circunstâncias em que seja necessário, a entrar em contacto com o médico, para poder fazer uma alteração da prescrição». Ema Paulino confirmou que a situação de escassez de medicamentos «está estável», continuando a verificar-se «pontualmente atrasos na reposição» de alguns fármacos mais utilizados no inverno e outros para os quais já havia uma notificação de escassez.
A escassez de medicamentos tem afetado tanto medicamentos utilizados para doenças crónicas, e para os quais normalmente existem alternativas no mercado, como os fármacos para infeções respiratórias, caso de analgésicos, anti-inflamatórios e antibióticos.