São mais de 2.500 as pessoas que passaram, no dia 21 de novembro, pelos largos corredores que separam os mais de 90 expositores, distribuídos por três pavilhões, onde se cruzaram, comummente, com múltiplos robôs, quase como um sublinhado ao mote do certame deste ano: “O futuro da Saúde começa aqui”.
O tema estende-se aos stands. Na Glintt, o traço é forte. «Queremos evidenciar uma forma diferente de trabalhar a experiência do cliente na farmácia», descreve Ana Torres, consultora da tecnológica. Mais autonomia, mais conforto, mais conhecimento técnico suportado em tecnologia, equipamentos inovadores que agilizam a performance das equipas e soluções de gestão para um controlo total sobre a atividade são os conceitos da proposta, consubstanciados num stand que pretende reproduzir uma farmácia. Desde caixeiros para pagamento automatizado que dispensam os controlos de fecho diário, passando por sistemas de etiquetas inteligentes, tudo com ligação ao Sifarma, a ideia é provar ao visitante que «é possível tornar realidade a visão que tem para a sua farmácia, e entregar à tecnologia a responsabilidade de lhe libertar tempo para dedicar às pessoas».
Henrique Silva, Bernardo Pedroso e Pedro Teodoro, com idades na casa dos 20, são estudantes de Ciências Farmacêuticas em busca da sua própria visão. Pertencem à Associação Portuguesa de Estudantes de Farmácia (APEF), estão representados num stand, mas foi junto ao espaço da ANF, dedicado à promoção da estratégia ART-FC: Atração, Retenção e desenvolvimento do Talento em Farmácia Comunitária, que os encontrámos. Henrique confessa o gosto particular pela área de Assuntos Regulamentares. Bernardo quer trabalhar em Saúde Pública, influência do estágio que fez na Direção-Geral da Saúde (DGS), na área de vacinação. Nenhum conhece ainda a realidade da Farmácia Comunitária, apesar de já terem contactado com o conceito do novo modelo de carreira. Mas a abrangência da profissão era um mistério, pelo que aguardam o estágio curricular, para o qual dizem seguir expectantes.
Cláudia Ferreira e Rita Calhau, respetivamente diretora técnica e farmacêutica-adjunta na Farmácia Brás, em Palmela, vieram propositadamente à Expofarma. «A nossa farmácia fica no meio do nada, os laboratórios não vão ter connosco facilmente», dizem. A sua expetativa era, por isso, iniciar aqui novas relações comerciais e contactar os parceiros de negócio. «É uma oportunidade única para nós, pelo que lamentamos a falta de algumas marcas que esperávamos encontrar». Os muitos sacos pendurados nos braços, indício clássico da condição de visitante, permitem, contudo, adivinhar outros contactos e perguntar: Saem desiludidas? «Nada disso, pelo contrário. Tomámos contacto com muitas novidades, e há muita inovação».
No Beauty Hub, Raquel Rosal lidera a equipa do stand da Labo Cosprophar. O movimento constante denuncia novidade: um rastreio capilar, para diagnóstico do estado e queda do cabelo, é o meio para promover uma marca dirigida ao segmento. A par, um filler dermocosmético. «Estamos a promover duas linhas de produtos e o feedback tem sido muito positivo. As pessoas têm aderido bem às nossas propostas, temos feito imensos contactos, pelo que estamos muito satisfeitos com a nossa presença».
As portas da Expofarma reabrem amanhã, às 10h, para mais futuro na Saúde.