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28 julho 2017
Texto de Maria Jorge Costa e Pedro Veiga Texto de Maria Jorge Costa e Pedro Veiga

Luta pela sobrevivência

​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​Uma em cada cinco farmácias enfrenta acções de penhora e insolvência.

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O número de farmácias em situação de insolvência ou penhora continua a aumentar. Nos primeiros cinco meses deste ano, nove farmácias entraram em insolvência e 17 foram alvo de penhora, de acordo com o barómetro do Centro de Estudos e Avaliação em Saúde (CEFAR).

As farmácias com acções de insolvência ou de penhora representam já 20,2% da rede farmacêutica nacional, o que se traduz em 594 farmácias.

Nos últimos cinco anos, registou-se uma subida de 146% de farmácias nesta posição. Entre Dezembro de 2012 e Maio de 2017, o número de farmácias em insolvência subiu de 61 para 214, mais 250,8%. No mesmo período, o número de farmácias com acções de penhora aumentou de 180 para 380, o que representa um acréscimo de 111%.​​

Há 19 distritos com mais de 10% das farmácias alvo de acções de insolvência ou penhora. Portalegre encontra-se na pior posição, com 32,6% da totalidade das farmácias nesta situação. O Top 5 dos distritos mais afectados compreende outros dois distritos do interior: Guarda (28,8%) e Beja (26,8%); mas também duas áreas urbanas: Lisboa (25,9%) e Setúbal (27,9%).

A pressão sobre a solvabilidade das farmácias «estabilizou ligeiramente em 2015 e 2016», comenta o secretário-geral da ANF. No entanto, «ainda se faz sentir e há estabelecimentos em situação financeira muito complicada», refere Nuno Flora. Na origem do problema está «o conjunto de medidas de desregulação e de austeridade, que se agudizaram a partir de 2011». Nuno Flora refere ainda a «incapacidade financeira das farmácias para manter em stock um elevado número de medicamentos». Este é um dos factores que explica as maiores dificuldades sentidas pela população no acesso aos medicamentos.

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