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11 fevereiro 2017
Texto de Nuno Esteves e Rita Leça Texto de Nuno Esteves e Rita Leça Fotografia de Pedro Loureiro Fotografia de Pedro Loureiro

Há uma coroa em Belém

​​​​​​​​​​Catarina Furtado fala com carinho da associação solidária que fundou.
«Criei a "Corações com Coroa" com duas amigas, a Ana Torres e a Ana Magalhães, vai fazer 5 anos», lembra Catarina, com o sorriso de quem ama as pessoas e está sempre apaixonada por projectos.
 
«Na sequência do trabalho com a ONU e dos documentários para TV que faço, decidi formar uma associação para promover em Portugal uma cultura de defesa dos direitos humanos, da não-violência e não discriminação, da cidadania e igualdade de oportunidades. Sobretudo para meninas, jovens e mulheres que vivam em situação de vulnerabilidade, risco social ou pobreza».
 
«Acredito realmente que cada pessoa pode ajudar a alterar o que está mal», exclama a fundadora, que em 2005 foi condecorada Comendadora com a Ordem de Mérito, pelo presidente Jorge Sampaio.
 
Da crença nasceu esta associação sem fins lucrativos, que é, ainda, uma organização não governamental para o desenvolvimento. «Não somos caritativos, fazemos sim intervenção social», esclarece.
 
Catarina apresenta a "Corações com Coroa" como «um espaço de inclusão, que informa, educa, forma e apoia». A palavra-chave aqui parece ser solidariedade.​

 

 

 
«O que fazemos? Atendemos na nossa sede, na Rua da Junqueira, em Belém, onde damos aconselhamento gratuito em várias áreas, da psicologia à jurídica, sexualidade, do planeamento familiar à parentalidade, aulas de pré e pós-parto, saúde materna, até nutrição... Temos tratamentos dentários e prestamos cuidados de enfermagem. Tudo gratuito», lembra.
 
«Também vamos às escolas falar da violência no namoro e do bullying. E já demos sete bolsas de estudo a raparigas, no secundário e no ensino universitário, o que nos deixa muito felizes», acrescenta Catarina. 
 
«Acarinhamos muito os nossos projectos, mas não damos passos maiores que as pernas. É preciso ter presente que começámos há pouco tempo… Temos uma estrutura pequena», lamenta, mas «já empregamos duas pessoas em full time», diz, com orgulho. «As actividades contam com o apoio de pessoas em voluntariado activo e de técnicos que dão consultas semanais». 
 
«Conseguimos proporcionar todos estes serviços às pessoas porque contamos com uma rede de apoios e parcerias. Eu própria e as minhas colegas tentamos sensibilizar as grandes empresas, na área da responsabilidade social. Felizmente, têm renovado a parceria connosco, para grande felicidade nossa». O segredo? É ter «credibilidade e coerência», afirma a presidente.

Para já, o futuro da "Corações com Coroa" passa pela candidatura a fundos da União Europeia e pela criação de redes com outras associações. «Queremos fazer parcerias, para encaminhar pessoas para associações que actuam noutras áreas», explica Catarina Furtado, com a esperança de abraçar com o coração ainda mais projectos.
 
«Estamos de porta aberta, mesmo!».​
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