O estudo de avaliação da campanha de vacinação sazonal, promovido pela ANF, revela que a inclusão das farmácias comunitárias na Campanha de Vacinação Sazonal 2023/24 do SNS teve impactos positivos ao nível do acesso à vacinação e satisfação das pessoas e gerou poupanças para o SNS, os utentes e o ambiente. Também contribuiu para aumentar a literacia da população e minimizar os efeitos da hesitação vacinal, graças à relação de confiança dos farmacêuticos com o meio milhão de pessoas que todos os dias visitam as farmácias.
A disponibilidade física de locais de vacinação aumentou em mais de 400% face a 2022/23, reduzindo para metade a distância da população ao local de vacinação. A maior acessibilidade ajudou a manter a cobertura vacinal, não obstante o desafio da hesitação vacinal. Um dado interessante do estudo é o que revela que a cobertura vacinal foi 5,9% superior nos concelhos onde as populações mais viram reduzidas a distância ao local de vacinação face àqueles onde pouco se reduziu.
A proximidade física gerou também vantagens ambientais e económicas: a diminuição das deslocações de automóvel até ao local de vacinação traduziu-se numa redução de 41% do total de emissões de CO2 face a 2022/23. O facto de mais de metade das pessoas ter ido a pé ao local de vacinação permitiu uma poupança de 2,4 milhões de euros em deslocações, com a redução de custos em transportes públicos, automóvel e táxi.
O estudo revelou ainda poupanças relevantes para o SNS: foram libertadas cerca de 310.000 horas de trabalho aos recursos humanos do SNS, que terão ficado disponíveis para outras atividades, graças aos 2.976.842 atos de vacinação realizados nas farmácias.