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4 janeiro 2024
Texto de Telma Rocheta (WL Partners) Texto de Telma Rocheta (WL Partners) Fotografia de Pedro Loureiro Fotografia de Pedro Loureiro Vídeo de André Torrinha Vídeo de André Torrinha

“Era bastante maria-rapaz”

​​​​​Cláudia Vieira cresceu numa quinta, estudou desporto e acabou por se tornar uma cara conhecida da televisão.​

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É atriz e apresentadora. Do que mais gosta?
Essa pergunta é cruel. Gosto do equilíbrio entre as duas coisas. Comecei por representar e a representação traz-me um brincar ao faz de conta. Criar a maior verdade de uma personagem é viciante. A representação é um eterno pormo-nos à prova. Se a personagem estiver bem construída, se estivermos muito seguros do que estamos a fazer, contar essa história pode ser absolutamente incrível e saímos de um dia de gravações com o ego cheio. A representação preenche-me muito. A apresentação é um contacto muito direto com quem está do outro lado. É ser um eu mais verdadeiro, e é muito gratificante também.
 
Nestes anos todos, qual foi o papel que mais a marcou?
A personagem que mais me marcou, e sentia que a trazia comigo quando acabava as gravações, foi a Marta, de “A Porta ao Lado”, uma série para a Opto [plataforma paga, da SIC]. Eram três episódios que retratavam mulheres que sofriam de violência doméstica e eu mergulhei naquele mundo. O facto de as gravações terem sido à noite pôs-me numa bolha que me levou a uma zona de desconforto, mas que me marcou. Foi muito intenso, muito avassalador. Nas telenovelas senti muita empatia com a Maria Mayer, de “Rosa Fogo” [2011], e também gostei das duas personagens de “Alma e Coração”, Benedita Pinto Almeida e Diana Almeida [2019].

Qual foi o programa de entretenimento de que gostou mais? Foi este último, o “Casados no Paraíso”?
Foi definitivamente o “Ídolos”, o meu primeiro contacto com a apresentação [em 2009]. Além disso, conheci o João Manzarra, com quem fiz dupla de apresentação, que se tornou um grande amigo, e com quem partilhei a condução de outros programas. O “Ídolos” tinha uma caraterística particular, era completo. Nós tínhamos de animar e entrevistar multidões, e também fazer as galas, com a adrenalina do direto. Entrar naquele estúdio para dar as boas noites era assustador e mágico. E, depois, as pessoas que se candidatavam tinham valências maravilhosas e queriam mostrar ao mundo o que valiam, tentar a sua sorte.

Era a febre do “Ídolos”, porque se tratava de uma coisa relativamente nova.
Foi uma febre incrível. Estávamos todos ali a viver tudo pela primeira vez. E no meio dessa loucura ainda descubro que estou grávida, o que intensificou toda a experiência. Por tudo isto, o “Ídolos” está no meu coração. É muito especial para mim.


Ser modelo aconteceu quase por acaso. «Não ​era uma coisa que desejasse muito»

Como foi a transição de modelo para atriz?
Foi acontecendo, como tudo na minha vida. Primeiro as portas abrem-se e a seguir eu corro atrás. Quando comecei a trabalhar como modelo não era uma coisa que desejasse muito. Era bastante maria-rapaz, muito mais ligada a atividades físicas. Estava a estudar desporto, a imaginar ser professora de Educação Física ou teria o meu espaço. Depois começaram a surgir os convites. Na verdade, começaram desde os 14 anos, porque era muito alta e magra. Aos poucos fui sendo empurrada e um dia fui substituir uma miúda que faltou a um desfile. Fiz alguns desfiles e depois comecei a fazer muita publicidade. Nessa altura diziam que eu era muito camaleónica, o que é uma caraterística incrível. Para quem? Para quem representa, para quem dá vida a várias personagens. Mas eu achava que ser atriz era muito diferente de fazer publicidade. Tanto me propuseram que acabei por ir ao casting da série “Morangos com Açúcar”. Foi a minha Ana Luísa.

Fez alguma formação específica em representação? 
Mal terminei os “Morangos” fiz um curso de dois anos e, depois, formações mais específicas com várias pessoas, como a Cucha Carvalheiro e o Luís Madureira. Fui sempre fazendo workshops. Ainda hoje os faço.

Sente-se realizada?
Acima de tudo, sinto que sou um produto de televisão, e digo-o sem nenhum tipo de menosprezo, porque gosto muito do espaço que ocupo. Tenho tido bons desafios, bons projetos e, por isso, sinto-me muito realizada. Mas é comum o ator, e mesmo o apresentador, ambicionar mais. Faz-me falta fazer mais teatro. Faz-me falta fazer mais cinema. Mas, por outro lado, os convites que tenho para televisão preenchem completamente o meu tempo.

Que cuidados de saúde tem?
Cresci numa quinta em Loures e fui habituada a apanhar fruta das árvores e comê-la. Chegava a casa, preparava uma salada e aquilo tinha um sabor maravilhoso. Hoje não é fácil haver um dia em que não coma sopa. Um bom sono, a ingestão de água, a prática de exercí​cio físico com regularidade e uma alimentação variada são quatro pilares na minha vida, que me ajudam a manter-me saudável. O facto de ser uma apaixonada por desporto facilita.

Que tipo de treinos faz?
Faço aulas de Pilates, ginástica localizada, cycling e treinos com o Bosu [aparelho para equilíbrio]. Faço várias aulas, não estou focada numa só modalidade.


A atriz confessa ser «viciada em massagens drenantes»

Tem cuidados estéticos específicos?
Tenho vários. Não vou para a cama maquilhada, e tenho rotinas de limpeza e hidratação da pele. Sou viciada em massagens drenantes, que estão associadas à estética, mas deviam estar ligadas à saúde, pela melhoria que provocam. E depois faço pequenas coisas, como hidratação facial, e tudo o que está ao meu alcance, dentro do razoável.

Tem uma relação especial com alguma farmácia em concreto?
Vou variando. Mas há uma com a qual tenho uma relação mais direta, ao lado da minha casa. Acaba por ser aquele sítio em que conhecemos quem lá trabalha e sabemos que, se precisamos de qualquer coisa que não têm, mandam vir rapidamente, o que me acontece muito porque sofro de enxaquecas.

Quando começa um novo ano faz planos ou cria objetivos?
Mais facilmente em setembro, que é o início do ano escolar, intensifico algo de novo ou começo a fazer algo que idealizei. Sei lá, começar a meditar... No início de ano, tenho sempre o objetivo de cuidar um bocadinho mais de mim. Por causa das vidas agitadas, as pessoas acabam por se esquecer de dar atenção a si mesmas, por exemplo marcar exames e análises, estarem atentas. Eu sempre fui muito descontraída com isso e ultimamente acho que é mesmo importante tentarmos ouvir o nosso corpo e percebermos se está tudo bem. Isso é uma das coisas que as pessoas devem ter em atenção no início de cada novo ano.

O que deseja para 2024?
Que este ano traga um bocadinho mais de responsabilidade às pessoas a nível ambiental e que não nos esqueçamos que somos todos feitos do mesmo material. Que o ano traga um bocadinho mais de igualdade de oportunidades. E saúde, que é também muito importante.

 

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