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2 outubro 2025

Envelhecimento, desequilíbrio e risco de quedas

Saiba como prevenir as lesões mais comuns.

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Texto de Lia Guerreiro Marques | Médica especialista em medicina interna com competência em geriatria, Hospital CUF Tejo


De que forma o envelhecimento nos torna mais suscetíveis ao desequilíbrio e a quedas?

À medida que envelhecemos, ocorrem alterações nos sistemas sensoriais e na composição do corpo que contribuem para uma maior suscetibilidade para a ocorrência de desequilíbrio e quedas. São exemplos destas alterações a perda de visão e de audição, assim como a redução da água, da massa magra e da função muscular no organismo. A postura passa a ser mais curvada e fletida, mais rígida e com menor capacidade de adaptação às mudanças de posição. Não nos podemos esquecer que existem também muitos medicamentos usados no tratamento de doenças crónicas que podem, por diversos mecanismos, aumentar o risco de queda. Importa, contudo, sublinhar que envelhecer é um privilégio, e que é possível prevenir e reverter muitos destes fatores, motivo pelo qual o acompanhamento especializado é fundamental nesta fase da vida.


Como podemos prevenir ou reverter esta suscetibilidade?

Para prevenir e atrasar estes efeitos, é fundamental manter um estilo de vida saudável, através de alimentação adequada e atividade física regular, com treino cardiovascular, de flexibilidade e de fortalecimento muscular. É essencial manter um acompanhamento médico diferenciado e revisões terapêuticas regulares, considerando que existem consultas dedicadas à reeducação vestibular e postural, com o objetivo de melhorar o equilíbrio.


Quais as lesões e complicações mais comuns nestes contextos?

As quedas podem ter consequências muito graves, sendo a fratura da anca uma das lesões mais frequentes. Podem também provocar hemorragias cerebrais, sendo mesmo a segunda causa de morte por lesão, depois dos acidentes de viação.


Que tratamentos estão disponíveis para as lesões em contexto de queda?

Os tratamentos dependem do tipo de lesão e, mais importante do que o tratamento de lesões agudas, é fundamental prevenir novas quedas e fraturas. Quando estas acontecem, devem ser tratadas por uma equipa diferenciada, usando uma abordagem multidisciplinar, personalizada e centrada na pessoa.