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22 dezembro 2017

Entre Nós: O rumo certo

​Farmácias resistem às dificuldades económicas.

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Vivemos indiscutivelmente tempos complexos e difíceis. Há instabilidade na economia e nas relações internacionais. Há incerteza quanto ao futuro. 

Tão depressa se acredita no crescimento das economias como na depressão dos mercados.  Portugal não foge à regra. 

O país deu em 2017 sinais de retoma da actividade económica, mas a incerteza quanto à sustentabilidade da nossa economia permanece. 

O fantasma de novo colapso financeiro não desapareceu. A conflitualidade laboral parece estar de volta. Continuamos a viver na ansiedade de quem espera e desespera por um futuro melhor. 

As soluções para os problemas, por mais estudadas, dialogadas e preparadas que sejam, demoram tempos infinitos para serem implementadas.  No caso das farmácias, a ansiedade dos farmacêuticos radica também nesta incerteza. 

Cansados de esperar pelos acordos que não se cumprem, pelas margens que não são revistas, pelos descontos que não são regulados, pela indefinição sobre os serviços na farmácia, alternam entre a esperança e a dúvida sobre o seu futuro.

As farmácias continuam com enormes dificuldades e problemas sérios para resolver. Resistiram heroicamente à invasão da Troika. Reestruturam-se à sua própria custa. Fizeram o que lhes competia. Mas isso não chega. É preciso que o Estado faça também o que lhe compete, melhorando as condições em que a actividade das farmácias se desenvolve. 

O sector carece de políticas sólidas, coerentes e consequentes quanto aos compromissos assumidos. As farmácias precisam de medidas urgentes de estabilização económica. Só podemos cumprir adequadamente a missão de serviço público que nos está confiada se tivermos condições para o efeito. 

Trabalhamos duramente todos os dias para continuar a prestar aos portugueses um serviço de assistência farmacêutica de elevada qualidade. Mas não podemos resistir eternamente. As condições da actividade têm de estar adequadas ao nível do exercício profissional que o país pretende de nós. Definimos oportunamente com o Estado, de boa-fé, o rumo que pode conduzir a uma situação de sustentabilidade do sector. 

Continuamos fiéis a esse rumo, consagrado na palavra escrita, na legítima expectativa de que o Estado faça o mesmo. Respeitar esse rumo é o acto de boa-fé por que esperamos. Desejo a todos os leitores, às suas famílias e equipas, Feliz Natal e Próspero 2018.
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