E se, por umas horas, pudesse sentir as emoções de ser mineiro? Quem visite Aljustrel, no distrito de Beja, onde existe uma mina em funcionamento, vai poder, já este ano, viver esta experiência única.
«São cerca de 400 metros de galeria. Trata-se de um percurso de uma riqueza muito grande do ponto de vista geológico», antecipa Mercedes Guerreiro, técnica superior da área de projetos turísticos da Câmara de Aljustrel.
A partir do Centro de Receção e Acolhimento do Parque Mineiro, instalado junto a um dos poços de descida ao fundo da mina (Malacate Viana), o visitante vai poder conhecer in loco o património mineiro da vila alentejana, bem como algumas das práticas mineiras que vêm do séc. XIX. «Neste momento, não sabemos ainda quando vai abrir, será para breve. Pensamos no decorrer deste semestre. Teremos o centro de receção, e a galeria. Depois de se equiparem, as pessoas vão poder percorrê-la», descreve a responsável.
Debaixo de terra, a visita à galeria de mina é pautada por uma exposição de fotografia e outros elementos multimédia evocativos daquele que, outrora, foi o dia-a-dia de centenas de mineiros que ali trabalharam.
Durante todo o percurso de galeria saltam à vista minérios e estalactites, que se exibem de cores garridas e beleza imperdível.
O complexo do Parque Mineiro de Aljustrel é «um museu a céu aberto, com uma riqueza geológica muito grande», elogia Mercedes Guerreiro. Os malacates Vipasca e Viana, o Chapéu de Ferro, os bairros mineiros, são pontos de paragem incontornáveis.
O novo centro, que está a ser construído, permitirá acolher os visitantes do Parque Mineiro e terá, entre outros pontos de interesse, uma ampla área de encontro e de receção, uma sala de exposições temporárias, e um núcleo museológico.
A vila de Aljustrel tem cerca de 5 000 anos de mineração. «Começou a ser explorada no tempo dos romanos» evoca Mercedes Guerreiro.