O alarme de incêndio ecoa no quartel dos Bombeiros Voluntários do Fundão. Hugo Silva inteira-se do que se está a passar. Os parceiros de missão equipam-se. Hugo observa. «Fomos chamados por causa de um incêndio num palheiro em Maxial da Ladeira. É daqueles sítios que tem tudo para correr mal, leva-se uns 40 minutos até lá chegar e isso é mesmo muito tempo...», frisa, apreensivo, Hugo. Por exercer funções de segundo comandante e estar em dia de folga, não irá, desta vez, para o terreno. «Estou aqui a remoer-me…».
A poucos dias de ser pai pela terceira vez, tudo indica que será neste exacto quartel que Hugo estará a trabalhar quando Rodrigo decidir nascer. «Se estiver aqui, tentarei acompanhar a deslocação da Vera até à unidade hospitalar da Covilhã. Se estiver de serviço enquanto elemento da força especial de bombeiros, não sei muito bem como é que vou fazer…».
Vera Antunes assume-se desconfortável com a possibilidade de o companheiro não estar ao seu lado quando lhe rebentarem as águas. «Se o Hugo estiver ausente terei de ligar para o 112, ao contrário do que aconteceu com a Margarida. Embora já saiba ao que vou, estou a ficar ansiosa».
Curiosos em conhecer o novo membro da família, Hugo e Vera tentaram ver Rodrigo através de Ecografia 4D. No entanto, Rodrigo preferiu brincar ao … esconde-esconde. «Ele é um pouco traquinas (risos)! Nas ecografias não deixa ver o rosto… Sei que está tudo bem com ele, mas não sei como é que ele vai ser fisicamente. Até já sonhei com isso, coisa que nunca me aconteceu quando estava grávida da Margarida».
