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30 outubro 2020
Texto de Patrícia Fernandes Texto de Patrícia Fernandes Fotografia de Pedro Loureiro Fotografia de Pedro Loureiro

Bons maridos e boas esposas

​​​Feitos à base de açúcar, ovo e amêndoa, estes doces são muito procurados pelos visitantes de Ferreira do Zêzere.

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A pastelaria Pérola do Zêzere, fundada em 1989, pertence a Emília e António Peixoto, que desde então têm adoçado a boca dos ferreirenses e não só. Emília começou por confeccionar pequenos bolos, mas o gosto pela pastelaria fê-la ir mais longe e decidiu tirar um curso de três anos, em Coimbra.

Certo dia, um juiz que trabalhava em Ferreira do Zêzere pediu-lhe o doce bons maridos, desconhecido de Emília, e informou-a de que na Câmara Municipal havia o registo do doce. Sem mais demoras, foi buscar a receita e fez algumas adaptações. 

A massa é composta por farinha, manteiga, sal e água, e o recheio por açúcar, gema de ovo, amêndoa, grão-de-bico e limão.

A participação dos bons maridos nas 7 Maravilhas Doces de Portugal mereceu um lugar na final e fez disparar o interesse não só dos ferreirenses, mas também de quem visita o concelho. «Vem gente de todo o lado procurar este doce», diz Emília, orgulhosa. 

Para fazer par com os bons maridos, a doceira decidiu criar as boas esposas. A base é a mesma, mas o recheio leva gila e raspa de laranja. «O marido leva grão-de-bico. Pusemos a gila para ser no feminino, e assim surgiu a esposa», explica.

Depois da massa feita e do recheio preparado, estas pequenas iguarias vão ao forno a 170 graus durante 20 a 25 minutos e é então que a magia acontece. Todos os dias saem aproximadamente 120 esposas e maridos, a somar às estrelas do Zêzere, tigeladas e outros bolos.

Mas se a pastelaria é a paixão de Emília, o café é a paixão do marido, António. 

Por gostarem de inovar e de marcar a diferença, decidiram comprar um torrador de café, na sequência da visita a uma feira. «Fiz formação na Academia do Café, em Lisboa, em 2014», recorda António. A primeira máquina que adquiriu torrava cerca de 200 gramas. A mais recente leva dois quilos e «faz todos os processos sozinha». 

O café é comprado verde, proveniente da Costa Rica, do Quénia e da Guatemala. A qualidade é indubitável. 

António faz o seu próprio lote ao misturar as várias qualidades de café, proporcionando aos clientes uma experiência agradável ao paladar. O feedback é positivo: «As pessoas de fora apreciam o meu café», conta.

A somar aos doces e ao café, a pastelaria Pérola do Zêzere produz também compotas caseiras de vários sabores.