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31 março 2022
Texto de Sandra Costa Texto de Sandra Costa Fotografia de Miguel Claro Fotografia de Miguel Claro Vídeo de André Torrinha Vídeo de André Torrinha

As estrelas do céu alentejano

​​​​​No Dark Sky Alqueva é possível observar estrelas, planetas e galáxias.​

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​Na escura noite alentejana, de olhos postos no céu, o astrónomo Nuno Santos identifica constelações como a Ursa Maior, Oríon, o caçador mítico, ou Cassiopeia, associada na mitologia grega à lendária rainha da Etiópia, esposa de Cefeu e mãe de Andrómeda. Com a ajuda de um foco luminoso explica as linhas imaginárias que permitem visualizar figuras, animais ou criaturas mitológicas. «Podemos concluir que o vinho grego era melhor do que o nosso», brinca o astrónomo. 

O humor é uma das ferramentas para manter atentos os visitantes enquanto explica conceitos científicos complexos. Como a ideia de que «somos todos poeira das estrelas: Há muito tempo, houve estrelas que explodiram e geraram elementos que vieram a ser englobados na composição da terra e dos nossos corpos», resume em versão simplificada o que, noutro contexto, faria recorrendo a dados precisos. 


Na sede do projeto, que funciona numa escola primária na aldeia da Cumeada, perto de Reguengos de Monsaraz, há dois telescópios usados para a observação astronómica

Dois poderosos telescópios apoiam a observação astronómica tornada real em 2007 pelo projeto Dark Sky Alqueva. A Dark Sky funciona numa antiga escola primária na aldeia da Cumeada, perto de Reguengos de Monsaraz. Ali organizam-se sessões noturnas de observação de estrelas, planetas e galáxias, e diurnas, para mostrar o sol. Também são promovidas atividades de observação “a olho nu”, em escolas de outros municípios e em parceria com operadores turísticos. É possível, por exemplo, uma visita guiada às estrelas a bordo de uma canoa.


Além do observatório astronómico, o projeto Dark Sky Alqueva promove atividades de observação “a olho nu”

A associação Dark Sky quer consciencializar para o combate à poluição luminosa (o desperdício de luz à noite), e promover o Alentejo como destino de astro-turismo, porque o escuro céu alentejano, protegido do impacto luminoso das grandes cidades, é perfeito para a observação astronómica. «Quisemos criar uma zona de céu certificado e protegido no Alentejo, preservar este céu para o futuro, pois já é raro encontrar um céu assim, na Europa e no Norte do planeta», diz Nuno Santos. 

 




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