Há 32 anos a operar em diferentes cidades do país, a Associação Portuguesa de Familiares e Amigos dos Doentes de Alzheimer assume-se como uma primeira «porta amiga» no apoio e reconhecimento da doença de Alzheimer e de outras formas de demência.
«No ano passado ajudámos cerca de 6.700 beneficiários directos», antecipa Catarina Alvarez, coordenadora de projectos da entidade.
Assumindo o compromisso diário de «representar e defender os interesses e os direitos das pessoas com demência e dos seus cuidadores», a associação ajuda a dar os passos iniciais.
«Ter acesso a informação é o primeiro grande passo. O cuidador tem de estar informado sobre o que é a doença para saber como reagir no dia-a-dia. Por outro lado, proporcionamos formação certificada para cuidadores formais e informais. E também promovemos vários workshops, que acontecem ao longo do ano e em várias regiões do país», conta a responsável.
Como lidar com os momentos das refeições e higiene, descobrir estratégias para ajudar a vestir-se, dicas para cuidar e viver em segurança, viajar com a pessoa com demência, são algumas das questões que tantas vezes suscitam dúvidas e que a associação ajuda a esclarecer.
Entre outras valências disponíveis estão ainda serviços clínicos para cuidadores e pessoas com demência, apoio psicológico individual e integração em grupos de suporte.
Em contexto de pandemia, a Alzheimer Portugal desenvolveu acções no sentido de prestar apoio em formato digital e à distância. «Por exemplo, no que respeita à estimulação cognitiva da pessoa com demência, o cuidador pode agora fazê-lo em casa, pois criámos livros de actividades. São cadernos criativos [com sopa de letras, palavras cruzadas, Sudoku, etc.]. Basta aceder ao nosso site e descarregá-los», revela Catarina Alvarez.
Com a subida do número de casos de infecção por COVID-19, a responsável adverte para a importância de as pessoas com demência terem, dentro do possível, uma vida activa.
«Respeitando obviamente as regras, nomeadamente de distanciamento físico e social, é importante que estas pessoas possam continuar a dar passeios e a fazer algum tipo de actividade física. A permanência no domicílio pode levar a que os sintomas da doença progridam de forma mais acelerada e nós não pretendemos isso».
Estima-se que cerca de 1,4 milhões de pessoas em Portugal cuidem regularmente de um familiar dependente: filho, marido, mulher, pais ou avós.
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