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30 setembro 2021
Texto de Hugo Rodrigues (pediatra) Texto de Hugo Rodrigues (pediatra)

A volta dos piolhos

​​​​​​​​​Alegria: as crianças já se abraçam outra vez.

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​Com o regresso à escola, é provável que voltem também a surgir as situações habituais, que todos os anos afectam as nossas crianças e as suas famílias. E um dos exemplos mais característicos são os famosos piolhos.

É importante frisar que os piolhos são insectos que não voam nem saltam, pelo que só se deslocam andando. Assim, só é possível a sua transmissão através do contacto directo de uma cabeça com outra cabeça ou com um objecto onde eles estejam localizados. Não se sabe muito bem o motivo, mas há crianças que são muito mais propensas a apanhar piolhos do que outras. As manifestações são comichão na cabeça, mais evidente na região da nuca e por trás das orelhas e, claro, a presença de piolhos e/ou lêndeas na cabeça. Estas últimas são os ovos dos piolhos, pequenas estruturas esbranquiçadas, como se fossem grãos de açúcar. São muito aderentes ao cabelo e, como tal, bastante difíceis de remover. Na maior parte das vezes, as lêndeas são as responsáveis pela dificuldade na eliminação desta praga.

Relativamente ao tratamento, existem várias opções. Algumas actuam de forma química e outras de forma física, provocando a asfixia dos piolhos. Na maior parte das vezes, esta última opção é a mais indicada para crianças pequenas. No entanto, independentemente da escolha, o mais importante é mesmo cumprir de forma adequada o tratamento, seguindo escrupulosa​mente as indicações do produto utilizado. É conveniente não esquecer a utilização do pente de piolhos, com dentes muito finos para remoção das lêndeas. Só assim se consegue garantir a eficácia completa do tratamento.

Apesar de serem muitas vezes uma “dor de cabeça” para os pais, os piolhos representam, neste contexto, algo que eu considero muito positivo: o regresso ao contacto próximo entre crianças, uma necessidade básica e imprescindível para o seu bom desenvolvimento e a sua felicidade!

E, na verdade, são até mais do que isso, são um verdadeiro “cheirinho” à normalidade, pela qual todos nós ansiamos…
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