Apesar de ser uma resposta de que muitos pais não vão gostar, o ideal é que os bebés não tenham grande exposição solar directa antes dos 12 meses de idade. Sei que muitos o fazem, mas estas são as recomendações das principais sociedades científicas internacionais.
A praia é um local particularmente difícil de controlar no que diz respeito à exposição à radiação solar. Embora seja relativamente fácil impedir a exposição directa aos raios de sol, seja através de uma sombra ou tenda, há muita radiação que se reflecte na água e na areia clara, o que faz com que tenha um comportamento muito mais errático e mais difícil de controlar. Por esse motivo, é um local que só deve ser frequentado por crianças com mais de um ano, porque comporta riscos para os mais pequenos.
A partir dessa idade, é um óptimo destino para passar algum tempo com as crianças, pelo que pode e deve ser bem aproveitado. Em Portugal temos boas praias, com garantia de qualidade e que devem ser usufruídas o mais possível. No entanto, há alguns cuidados que importa reforçar, nomeadamente:
• Evitar as horas de maior intensidade solar (entre as 11h00 e as 16h00)
• Colocar a criança o maior tempo possível à sombra, de preferência sob uma protecção ultravioleta (guarda-sol ou tenda, por exemplo)
• Manter a criança parcialmente vestida, com calções, t-shirt e boné (e, se possível, óculos de sol)
• Usar um bom protector solar (até aos dois anos, deve ser usado, preferencialmente, um protector com filtros 100% físicos ou minerais, ou então um que esteja testado especificamente para crianças dessa faixa etária) e reaplicar a cada duas horas ou após exposição à água
• Dar muita água à criança, para evitar a desidratação
Ir à praia é uma actividade agradável para se fazer em família, mas só em segurança pode ser aproveitada da melhor forma possível.
CONSULTÓRIO
[Marta Soqueiro]
Tenho um menino com três anos e sempre esteve comigo em casa. Em Setembro vai para o colégio. Ultimamente tenho um problema com ele por causa do sono. Não quer dormir a sesta e, à noite, é quase meia-noite e está bem acordado, com uma genica que ninguém o para. O meu marido trabalha até tarde e quando chega ele acalma. De manhã dorme até às 11h.
Muitas vezes o cansaço manifesta-se nas crianças da forma oposta, ou seja, através de irritabilidade ou agitação. Provavelmente, esta última será a situação do seu filho. Tentaria aos bocadinhos encurtar o sono da manhã e colocá-lo a dormir a sesta depois do almoço, para ver se ajuda. Geralmente, nestes casos o sono do dia acaba por funcionar como um regulador do sono da noite, pelo que pode também tentar que ele durma uma pequena sesta ao fim da tarde (cerca de 30-40 minutos), pois pode fazer com que ele fique mais calmo de noite e dê menos ‘luta’ para adormecer.
[Ana Freitas]
Sou mãe de um Guilherme de 7 meses e meio. Na segunda-feira passada foi ao médico, que disse que ele estava um pouco constipado e teria que fazer aerossol de soro, salbutamol por nebulizador e ainda tomar betametasona em gotas e xarope de pseudoefedrina + triprolidina. Não comprei a betametasona pois tenho má experiência na minha outra filha. O Gui mesmo assim melhorou, mas perdeu o apetite e o pouco que come (à colher) acaba por deitar fora com a expectoração. Mas quando mama ao peito aguenta bem. Posso continuar a dar comida a colher?
Nessas situações é relativamente frequente as crianças vomitarem pelo esforço da tosse. Se tiverem o estômago mais cheio, ao tossirem a pressão na barriga aumenta e pode acontecer. A melhor solução nesses casos é manter a alimentação habitual, tendo atenção a dois aspectos:
1. não forçar a comer, para não agravar os vómitos
2. dar menos quantidade de comida do que habitualmente, mas mais vezes, para que o estômago não fique muito cheio.