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18 julho 2018
Texto de Carlos Enes Texto de Carlos Enes

96% aprovam farmácias

​​​Inquérito nacional realizado pelo Centro de Estudos e Sondagens de Opinião (CESOP) da Universidade Católica Portuguesa.
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A farmácia é o local de prestação de cuidados de saúde com mais elevados níveis de satisfação. Uma sondagem nacional, com inquéritos porta a porta, realizada no passado mês de Março pelo Centro de Estudos e Sondagens de Opinião (CESOP) da Universidade Católica Portuguesa, revela que 96% dos portugueses estão satisfeitos com o serviço prestado pela sua farmácia. Apenas 1% dos inquiridos revelou insatisfação com a farmácia que usa mais, valor inferior à margem de erro da amostra (ver ficha técnica).

Numa escala de um a cinco valores, as farmácias recolhem uma avaliação média superior a quatro na generalidade dos parâmetros objecto deste inquérito. Destaque para Competência dos Profissionais (4,5 valores), Aconselhamento, Qualidade dos Serviços, Horário e Localização/ Proximidade (todos com 4,4 valores).



As farmácias são a terceira rede de serviços de saúde que os portugueses mais valorizam, atrás dos cuidados primários e logo a seguir aos hospitais públicos. No que toca à satisfação, são a rede preferida dos portugueses, à frente das clínicas e hospitais privados, parafarmácias e serviços públicos, que merecem todos avaliação positiva.

A satisfação com as farmácias é consistente com a verificada nos anos de 2015 e 2016 em estudos semelhantes da Universidade Católica Portuguesa. Não se altera com o tempo, nem por qualquer critério sociodemográfico. Os investigadores encontraram apenas proporcionalidade entre a satisfação e o número de medicamentos que cada inquirido toma.

Metade dos inquiridos (464) são doentes crónicos ou tomam medicamentos de forma continuada, em média três regularmente. Neste universo predominam as mulheres, indivíduos com mais idade, assim como pertencentes a classes sociais mais desfavorecidas e com menor rendimento.

A farmácia é o serviço mais procurado pelos portugueses quando surge um problema menor de saúde. Nessas circunstâncias, a farmácia é ainda mais procurada pêlos jovens entre os 18 e 24 anos (47%), adultos dos 35 aos 44 anos (48%), assim como pelos portugueses de rendimentos mais baixos (44%).

As farmácias são o serviço de saúde mais frequentado pela população: 39% dos inquiridos foram seis ou mais vezes a uma farmácia nos últimos seis meses, frequência que sobe significativamente na população acima dos 65 anos (49%) e na região do Alentejo (53%).




Assistência a idosos no topo das prioridades

Os idosos e os doentes crónicos estão no topo das prioridades dos portugueses, quando confrontados com a possibilidade de implementação de novos serviços nas farmácias.

Uma larga maioria de inquiridos considera Importantes ou Muito Importantes todos os serviços de saúde referidos no questionário presencial da Universidade Católica Portuguesa. A assistência diferenciada a idosos isolados reúne o interesse de 90% dos inquiridos. Quanto aos doentes crónicos, os portugueses desejam que as farmácias procedam ao seu acompanhamento, com partilha de informação com os médicos (82%) e que possam renovar-lhes as receitas (83%).

Os portugueses também anseiam pela entrega ao domicílio de medicação urgente (89%) e o acesso a medicamentos actualmente apenas dispensados nos hospitais (76%). Nestes casos, estão no terreno dois projectos-piloto, sob a égide do Ministério da Saúde, nos distritos de Bragança e de Lisboa, respectivamente.

Três em cada quatro inquiridos julgam Importante ou Muito Importante a existência de cuidados de enfermagem nas farmácias. Para dar cumprimento a esta necessidade, foi celebrado um protocolo entre a Ordem dos Enfermeiros e a Associação Nacional das Farmácias, que estão a trabalhar em conjunto para a respectiva implementação. Muitos portugueses também esperam que as farmácias façam colheitas de sangue para análises clínicas (63%). 

A maioria dos inquiridos considera Bastante Provável (41%) ou Muito Provável (25%) vir a utilizar esses novos serviços.

A maioria dos inquiridos não mostrou interesse na implementação pelas farmácias de serviços não directamente relacionados com a prestação de cuidados de saúde. Os portugueses preferem manter os serviços postais, o recebimento de reformas e os outros serviços nos respectivos locais de origem.













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