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3 fevereiro 2022
Texto de Carina Machado Texto de Carina Machado

Amarguras do açúcar

​Conheça bem a diabetes​ e os seus sinais de alerta.

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A diabetes é uma doença crónica que se deve à incapacidade total ou insuficiente do organismo produzir ou utilizar de forma correta a insulina, hormona necessária à entrada de glicose (açúcar) nas células. A glicose que não é usada pelas células acumula-se no sangue e, quando atinge níveis muito elevados, dá origem à hiperglicemia, característica primordial da diabetes.


Diabetes Tipo 1
É pouco comum. Pode aparecer em qualquer idade, mas atinge maioritariamente crianças e jovens. Ocorre devido a um ataque do sistema imunitário às células do pâncreas, produtoras da insulina. As causas ainda são desconhecidas. 

Diabetes gestacional
Tem lugar durante a gravidez e é motivada por alterações hormonais, afetando uma em cada 20 grávidas. A doença pode ser detetada através da avaliação da glicemia em jejum, feita na primeira consulta, ou entre as 24 e 28 semanas de gestação, através de uma prova de tolerância à glucose oral (PTGO).

Diabetes Tipo 2
Surge, por norma, em idades acima dos 45 anos, e é o tipo mais comum, afetando nove em cada dez pessoas com a doença. Ocorre porque o corpo, embora produza insulina, não a consegue usar de forma adequada, causando desequilíbrios nos níveis de glicemia. O desenvolvimento da doença prende-se com fatores hereditários ou com um estilo de vida sedentário e excesso de peso.

Sinais de alerta
Existem sintomas que podem ser indicativos de diabetes, como visão turva; sede excessiva e sensação de boca seca; vontade permanente de urinar; cansaço e falta de energia, sem motivo aparente; fome constante; cicatrização lenta, mesmo das pequenas feridas; perda inexplicável de peso; e infeções urinárias frequentes.

Viver com diabetes
No caso da diabetes tipo 1, é necessário tratamento com insulina durante toda a vida. Na diabetes tipo 2, pode ser necessário tratamento com medicamentos orais ou injetáveis e, em situações ou fases mais avançadas da doença, insulina. A adoção de um estilo de vida saudável, os cuidados com a alimentação e a prática regular de atividade física são as melhores formas de ajudar a controlar a doença.

Vigiar os valores
Os níveis de glicemia normais situam-se entre 80 e 110 mg/dL antes das refeições, e entre 110 e 140 mg/dL após as refeições. São sugestivos de diabetes:
• Glicemia ocasional de 200 mg/dL ou superior, com sintomas;
• Glicemia em jejum de 126 mg/dL ou superior, em duas ocasiões separadas por curto espaço de tempo.
A frequência da medição depende do tipo de diabetes, do grau de controlo e do tipo de tratamento. Uma boa gestão da diabetes tipo 2 passa por estar atento à saúde em geral. Não se esqueça de vigiar a tensão arterial e os níveis de colesterol e de trigliceridos.

Pressão arterial e frequência cardíaca
A pressão arterial é a força que o sangue exerce quando passa nos vasos sanguíneos. Quando é excessiva de modo contínuo ao longo do tempo, diz-se haver hipertensão arterial. Em regra geral, evolui sem sintomas. Pode, contudo, manifestar-se através de dor de cabeça, visão desfocada, dor no peito ou sensação de falta de ar. Sendo estes sinais pouco específicos, são muitas vezes desvalorizados, e os danos vão-se instalando, silenciosamente, no coração, rins, olhos, pulmões e cérebro. A doença cardíaca, o AVC (Acidente Vascular Cerebral) e a insuficiência renal são algumas das possíveis complicações que podem surgir.
A frequência cardíaca corresponde ao número de vezes que o coração bate por minuto. Se o número de batimentos variar muito face ao habitual ou se o ritmo for irregular, pode estar-se perante uma arritmia, que, sempre que interfira na capacidade de o coração bombear o sangue, deve ser considerada grave. Cerca de metade das pessoas com diabetes têm hipertensão arterial, devendo manter a doença controlada.

Dislipidemias
Alguns fatores genéticos e outros, como uma alimentação rica em gorduras e pobre em fibras e vegetais, obesidade e sedentarismo, podem originar uma dislipidemia, ou seja, uma alteração dos lípidos no sangue. O aumento dos triglicéridos e do colesterol, e a redução do HDL levam à acumulação de gordura nas paredes das artérias (aterosclerose), podendo causar a obstrução (total ou parcial) do fluxo do sangue e, por sua vez, provocar um AVC ou um enfarte do miocárdio.
Os níveis dos trigliceridos não deverão ultrapassar 150 mg/dL e os do colesterol, que se divide em bom (HDL) e mau (LDL), devem ter como referência:
• Colesterol total inferior a 190 mg/dL;
• Colesterol LDL inferior a 115 mg/dL;
• Colesterol HDL inferior a 40 mg/dL no homem e a 45 mg/dL na mulher.
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