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4 abril 2024
Texto de Maria do Carmo Neves (médica | presidente da Associação Portuguesa de Medicamentos Genéricos e Biossimilares) Texto de Maria do Carmo Neves (médica | presidente da Associação Portuguesa de Medicamentos Genéricos e Biossimilares)

Medicamentos genéricos

​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​Garantia de qualidade, eficácia e segurança ao alcance de todos.​​​

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Os medicamentos genéricos têm a mesma substância ativa, dosagem, forma farmacêutica e indicação terapêutica que o fármaco original, tendo demonstrado que atuam da mesma forma que o medicamento de referência. Apenas o nome, a aparência e a embalagem podem ser diferentes. ​

Estes fármacos tratam cerca de 70% das doenças existentes, nomeadamente a diabetes, o colesterol elevado e a hipertensão arterial, permitindo a prevenção de patologias e o prolongamento de anos de vida com qualidade.

Os medicamentos genéricos, contrariamente ao fármaco original, estão dispensados do dispendioso processo de investigação que conduz à descoberta de uma nova substância ativa, e é essa a razão para o preço ser mais baixo. O valor a pagar por estes medicamentos é, em média, 58% inferior ao de referência. Para além da segurança, a opção por genéricos contribui para reduzir os encargos financeiros para o utente e para o Serviço Nacional de Saúde.

Segundo um estudo realizado em 2021, estas soluções são amplamente utilizadas e bem percecionadas pela população portuguesa e pelos profissionais de saúde, e vistas como respostas com uma boa relação custo-benefício, garantindo uma elevada qualidade, segurança e eficácia. Outras das vantagens é permitir um acesso mais equitativo dos cidadãos aos tratamentos.

Tendo em conta o envelhecimento progressivo da população e o impacto das doenças crónicas no orçamento de saúde, optar por um medicamento genérico reduz automaticamente a despesa das famílias com medicamentos e salvaguarda a sustentabilidade do sistema de saúde, aliviando a pressão sobre o financiamento disponível a nível público e privado. Só em 2023, os medicamentos genéricos permitiram gerar uma poupança recorde de 580 milhões de euros para o Estado e para as famílias portuguesas, mais 71,6 milhões do que em 2022.

O valor gerado por estes fármacos reflete o desenvolvimento económico-financeiro, social e de saúde, agiliza o acesso de mais utentes a medicamentos, e reduz desigualdades, através de uma melhor gestão e otimização dos recursos existentes.

É fundamental continuar a depositar confiança nestas soluções terapêuticas, cuja utilização continua a estar aquém de outros países europeus, como o Reino Unido e a Alemanha, em que oito em cada dez pessoas com doença são tratadas com medicamentos genéricos, enquanto em Portugal apenas cinco em cada dez utentes beneficiam destas tecnologias de saúde.​
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