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30 novembro 2023
Texto de Telma Rocheta (WL Partners) Texto de Telma Rocheta (WL Partners) Fotografia de Miguel Ribeiro Fernandes Fotografia de Miguel Ribeiro Fernandes Vídeo de Duarte Almeida Vídeo de Duarte Almeida

Da inocência do blogue às redes sociais

​Há 20 anos, Ana Garcia Martins, anónima e sem filtros, dava início ao blogue​ “A Pipoca Mais Doce”.​​​​​​​​

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Há 20 anos na arena digital, Ana Garcia Martins testemunhou a sua evolução em primeira mão. Tudo era diferente no início do século XXI. Em 2004, quando fez as primeiras publicações no blogue “A Pipoca Mais Doce”, «não havia redes sociais e a interação que as pessoas tinham comigo era exclusivamente via blogue», lembra.  «Era uma ferramenta tão arcaica que não dava para fazer comentários, inserir fotografias ou vídeos». 

A jovem autora de textos sarcásticos vivia, então, no anonimato. Foi ganhando dimensão através do passa-palavra e «por as pessoas partilharem por e-mail os artigos que ia publicando. Por não dar a cara e por se estar numa idade da inocência antes da existência das redes sociais – o Facebook foi lançado em fevereiro de 2004, mas levaria anos a ganhar utilizadores em Portugal –  «tinha uma liberdade que hoje não tenho», refere. Esta escrita “sem censura” foi-se alterando ao longo dos anos: «Quando comecei não tinha qualquer espécie de filtro, porque também não havia essa cobrança por parte de quem me seguia». 

À medida que foi ganhando protagonismo começou a deparar-se com o controlo externo e com a sua própria autocensura. «Cheguei a um ponto de quase me anular e de deixar de ter vontade de ter opinião sobre o que quer que fosse. Achei que se tivesse de estar calada para proteger a minha paz de espírito, preferia estar calada». Recentemente Ana reajustou a sua atitude, mesmo perante as críticas ferozes tão comuns nos comentários online: «Tenho uma plataforma, uma voz ativa e quero dizer o que penso».​​

 

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