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8 fevereiro 2024
Texto de Teresa Oliveira (WL Partners) Texto de Teresa Oliveira (WL Partners) Fotografia de Pedro Loureiro Fotografia de Pedro Loureiro Vídeo de Rodrigo Coutinho Vídeo de Rodrigo Coutinho

Autonomia para decidir

​Lourenço Miguel usa a sua facilidade de comunicação para tentar combater desigualdades.​

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Dedicar tempo a causas é uma das prioridades de Lourenço Miguel. A promoção da acessibilidade para todas as pessoas, independentemente da forma como se deslocam é, porventura, aquela a que dedica mais tempo.

A realidade mostra que isto está longe de acontecer e, para o provar, dá o exemplo de uma simples ida às compras para quem se desloque em cadeira de rodas: «a maioria das lojas de rua não têm rampas», diz, «estamos a falar de mais de 90%». Já os centros comerciais «são acessíveis, mas os corredores das lojas são feitos de forma que tenha de entrar em linha reta e fazer marcha atrás», pois não é possível passar entre mostradores. 

«Sempre tentei agarrar causas, tendo eu alguma facilidade de comunicação». As redes sociais são um dos meios que usa como «uma plataforma para ter voz» e «tentar combater desigualdades». A questão da acessibilidade é algo que o toca diretamente, mas que já o ultrapassa. «Sei que nunca vão deixar de ser um tema na minha vida, mesmo que fique 100% bem e deixe de precisar da minha scooter ou da cadeira de rodas». 

Outra parte do seu trabalho é feito com plataformas eletrónicas de transporte. Teve más experiências, que partilhou na sua conta de Instagram, e recebe relatos de pessoas que passaram pelo mesmo. «Uma pessoa acabou de me dizer que há quatro anos não saía à noite porque os pais não o podem levar e como teve uma má experiência recusa-se a passar por isso outra vez». 

Lourenço começou a trabalhar com uma destas plataformas e considera que houve um «boost gigante na oferta e mesmo de consciencialização». Está muito satisfeito pela colaboração e por poder fazer parte das suas formações. Voltando à pessoa que lhe disse que teve uma má experiência com um TVDE (transporte individual de passageiros em veículo descaracterizado), «voltou a sair por causa disto». 

Sobre a sua batalha pela mobilidade, desabafa que «não devia ser assim». Porque poder deslocar-se sem barreiras «não é ter de pedir por favor a alguém para abrir uma porta e pôr a rampa naquela hora específica, mas é a pessoa poder ter a autonomia de decidir ir a um sítio de repente e a acessibilidade não ser um ponto contra».

 

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